sexta-feira, 6 de março de 2009

«Só sei dos caminhos que percorremos sós»

À entrada do fim-de-semana, chuva miúda lá fora, promessa graúda no céu, amordaçado por um negrume que deliciosamente me acorrenta à terra.
Que embala que nem música triste em voz quase sussurrada.
[1, 2, 3, 4, 5...conto às vezes para mim, contra o ruído da chuva, enquanto olho para lá fora.]
Para que conste, até faço parte do clube que não usa chapéu de chuva.
[Nunca percebi essa da necessidade de vestir a camisola, literalmente falando, do clube pelo qual puxamos. Quase cegamente às vezes.]
Janela entreaberta a ouvir o barulho da chuva a cair, no silêncio entre 2 faixas na aparelhagem.
E de repente, se me concentrar bem, soam a palmas de tão estupidamente rítmicas e vindas de todo o lado.
[Porque temos mesmo de começar da casa de partida?]

Tenho para mim que ninguém pára à janela num dia de chuva para apreciar.
[P´ra pensar.]
E ainda não percebi bem porquê.

A mim, a chuva tem este efeito.
Silêncio, "palmas", música.
Silêncio, "palmas".

A próxima faixa é esta então:
Okkervil River - Lost Coastlines
[sim, eu sei :)]

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