segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Glorious bastards

SMS para o Mário (também ele "vermelho", quiçá um pedacinho setubalense por uma passagem breve pelas terras do Sado) hoje, durante o jogo do Benfica.
(Estávamos ainda pelos 7-0):
"Hoje até eu marcava um golo se passasse pela área do Setúbal".

Dois pensamentos:
1. Qualquer vitória, por mais de 5 golos, deveria valer 6 pontos. Um estímulo ao futebol espectáculo.
2. Uma vez que tal não acontece, que bom que era podermos transferir uns "golitos" de um jogo destes para um daqueles (que virão com certeza) em que tivermos mais enrascados.

Lugar aos líricos (2)

The Divine Comedy - Pursuit of happiness (live at Palladium)


Por aqui, continua-se a saga.

Lugar aos líricos (1)

The Divine Comedy - Everybody knows (except you)



Em conversa:
"E depois há as canções de ou sobre amor, umas 10 em cada 13/14 num cd de um qualquer artista/banda".
...
"É, e depois há aqueles artistas que são mesmo pirosos e aqueles que, mesmo nem o querendo não ser, por algum estranho motivo, escaparam a tal".
"Talvez sejam essas «as» músicas que um dia voltaremos a ouvir".

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fui de fim de semana

Mas deixei a aparelhagem ligada.
Quando quiserem é só carregar no botão play.
Fiquem bem, sirvam-se à vontade que a luz é por conta da casa.

Sonic Youth - Incinerate

Johnny Cash - Folsom Prison Blues


Tom Waits - Chocolate Jesus


Belle and Sebastian - If she wants me

Eu também acho que o cérebro tem um sexo (ou quem "empina" bicicletas?)


E aqui estão 20 boas perguntas para saber qual o artigo definido com que o designamos.
Não que eu tivesse dúvidas quanto à sexualidade da coisa. Not, indeed. That´s not the point.
Achei cativante o artigo e resolvi fazer o teste, simplesmente.
AQUI.

1. Adorava cantar afinado (e nem sozinho consigo, só calado...e nem sempre).
2. Vencer é sempre importante (vejam o Benfica e no que deu).
3. Não sou surdo mas às vezes ouço mesmo mal (salas barulhentas no way...e se for com o volume da TV alto então...).
4. Não que eu praticasse subida às árvores enquanto "gaiato" (contingências de menino da cidade) mas assinalei esta que sim. Talvez o desejasse ter feito mais vezes, e ainda o deseje noutras. Ainda reciei que esta fosse apontar mais no sentido dos antepassados primatas, mas who cares, é a verdade mesmo.
5. Se alguém me interrompe o que estou a fazer, fico meio KO e tem vezes em que vou ao tapete e tenho de reerguer-me e recomeçar.
6. I´m a monotasking man, that´s true. Lema: faço pouca coisa de cada vez, mas tento fazê-la bem (ou pelo menos é o que vendo). Tem excepções: comer e beber, repousar e descansar.
7. A "cena dos olhos" acho que capto.
8. Colectar objectos tudo bem, agora arrumá-los em categorias já foi mais o meu forte. Quase sempre perco-me a pensar na melhor etiquetagem possível e imaginária feita até hoje, que vai rebentar com tudo e todos (Lineu, Whittaker, tabela periódica, Wikipedia, dicionários e que mais), capaz de fazer sentido e arrumar tudo o que nos rodeia. No fim, sou sempre eu que me perco, cansado, fragmentado em milhões de pedaços incatalogáveis. Até novo impulso e nova tentativa.
9. Poucos foram os problemas que com a intuição resolvi bem. Viva a lógica. Porque é que não explicas tudo mesmo?
10. Esta deixou-me em dúvida mas acho que nunca fui muito de crises existenciais. Depois lembrei-me do vestir a roupa do pai e da mãe quando se é novo. Ok, definitivamente, não.
11. Era o gajo que fazia a letra feia às vezes (há letras mais feias, ainda assim) mas se me esforçasse era capaz de fazer um novo tipo de caracter para o Word (que não o wingdings). Fartava-me era rápido, normalmente pelas 7 linhas no máximo.
12. Claro que gostava de desmontar objectos. Não o fazia era muitas vezes, consciente (sempre o fui, admito) que raramente saberia montá-los de novo.
13. Sim, fico entendiado muito rapidamente e adoro coisas novas (definitivamente, aqui falhou a exposição à testosterona- eu sei, mas um gajo também tem de ter cenas de gaja. diz que é giro e que conta como "sensibilidade" e as miúdas gostam).
14. As pessoas que falam rápido não estão no meu top mas "porra", não me deixam nervoso. Agora que penso nisso irritam-me bem mais as que falam devagar e um gajo tem de puxar por elas.
15. Prefiro a realidade (mesmo que romantizada) à ficção. Curiosamente, acabei de ler «As Noites Brancas» de Dostoiévski. Afinal de contas, o que é aquilo? Romance ou ficção do "Sonhador"? Talvez por isso não o tenha adorado. Mas ainda assim recomendo. Diz que é obrigatório e as 94 páginas não nos matam.
16. "Eu nunca me perdi", as I once said. Gosto de mapas, GPS e globos (adoro globos) mas porque para mim a vida é feita de referências.
17. Sim, tenho amigos e família (como a maior parte das pessoas).
18. Sempre gostei de desportos.
19. Adoro imaginar coisas em 3D. Até aí ao meu 8º ano, sempre sonhei em ser arquitecto. Virei médico (ou aprendiz de), mas ainda me dá um valente prazer visualizar aquelas maquetas dos edifícios e, da mesma forma, imaginar o corpo humano, as doenças e o que mais em 3 dimensões, pensando no que "faz a casa ir abaixo" (ou não). That´s me. Não me roubem a profundidade da coisa, ok?
20. Não que eu saiba o que significa "empinar" uma bicicleta. Como achei a coisa meio duvidosa, esta foi não. E se é aquela cena do pimp my ride, esqueçam. Lavar o carro ao Domingo de manhã de fato-treino, pôr cera no popó e que mais, definitivamente não é para mim. Espero pela chuva ou pelo dia em que o carro esteja tão sujo que a norma social me obrigue a dar-lhe a "chuveirada".


Ahhhh...e o meu indicador e anelar estão "ela por ela".
"Mas isso não é uma regra sem excepção, como praticamente tudo na biologia", diz aí o artigo. Ainda bem.
No entanto, claramente, a senhora investigadora tem de rever este ponto. E o "empinar" as bicicletas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para quando te esqueceres de espreitar o Mundo além do pêlo

Disse-lhe que estranha e deliciosamente me tinha perdido esta noite, como em tantas outras que houvera, imerso em pensamentos desconexos- desta feita, algures entre as músicas de Perkins. Que as melhores previsões indicavam que tão cedo não estaria de volta.
Pois então: que fosse e me deixasse assim, no doce maneio de quem navega, meio à deriva, meio só.

Elvis Perkins - Chains, chains, chains


What am I if bound to walk in chains 'til I die
Reaching wildly out to the sky with no particular aim
A flame and all aflame.

Let´s sleep all Summer

The National + St. Vincent - Sleep all Summer


Porque eu ainda sou do tempo em que as estações de ano se escreviam em letras maiscúlas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

«Tinha um livro na mão: Anna Karenina de Tolstoi.»


Volta, ainda e sempre, à imagem daquela mulher deitada no seu divã; nunca conhecera ninguém assim. Não era nem uma amante nem uma esposa. Era uma criança que tirara de uma cesta untada com pez e que poisara na margem da sua cama. Ela adormecera. Ajoelhou-se ao seu lado. O hálito febril acelerou-se e ouviu um leve gemido. Encostou o rosto ao dela e soprou algumas palavras de repouso para dentro do seu sono. Um instante depois pareceu-lhe que a respiração de Tereza se acalmava e que o seu rosto se levantava maquinalmente em direcção ao dele. Cheirava-lhe nos lábios o cheiro um pouco acre da febre e aspirava-o como a pensar que Tereza já lá morava em casa há muitos anos e que estava moribunda. De repente, tornou-se-lhe evidente que não sobreviveria à sua morte. Deitar-se-ia a seu lado para morrer também. Escondeu o rosto contra o dela na almofada e assim ficou por longo tempo.

A insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera


Um dia eu hei de comprar uma jukebox:
Nick Cave & The Bad Seeds - People ain´t no good

domingo, 16 de agosto de 2009

Provavelmente, a música mais doce...

...que se pode ouvir na manhã de um qualquer Domingo solarengo.

Nick Drake - Fly


And the clouds will roll by
And we'll never deny
It's really too hard for to fly
...
And the sea sure as I
But she won't need to cry
For it's really too hard for to fly
.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sem comentários (7): o esquilo


Via Bitaites.
Pelos vistos, das fotos que mais hype tem gerado pela internet, nos últimos tempos.
E é de facto impossível resistir-lhe.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tudo o que não vem num guia de viagens


La plus belle époque

...
E o Richard Hawley ali a tocar de fundo.

Richard Hawley - Lady solitude

sábado, 8 de agosto de 2009

Noites brancas ou há fado em Brighton Beach, Brooklyn

Two Lovers (Duplo Amor), James Gray (2008)

Na minha lista, um dos filmes do ano. Duro de roer. Demasiado duro.

A noite, enquanto lugar mais inquietante do ser humano; a eternidade da solidão e silêncio de um quarto, a tempestade anunciada.
A poesia da vida que decorre nos subúrbios de uma cidade que me exerce um estranho fascínio. Um íman do meu mundo, penso eu às vezes. Ou não fosse, o quadro ali na parede.

"Por estes dias só dá Nova Iorque", dizia-me a Paula há dias.
Caso não bastasse, ora aí está, podes crer.

Joaquin Phoenix (esse daí de cima): uma brutalidade. Com ele vi pouco, muito pouco. E de We own the night (2007), também com este actor e do mesmo realizador, fiquei-me pelo delicioso trailer erótico dos instantes iniciais com Eva Mendes, ao som de Heart of Glass dos Blondie. Merecerá maior atenção no futuro então.
Seja como for, vivendo um surto psicótico ou executante arriscado de mera cambalhota de marketing, o brilho do seu desempenho neste filme é inegável.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pré-aviso à navegação na ilha de Sua Majestade: vai haver...

...panic !!! (in the streets of London...).

The Smiths - Panic


E parece que há data marcada e é algures para os fins de Setembro.
Não há gripe nem nada que nos pare.
Levo chapéu de chuva, máquina fotográfica e banda sonora.
Conto em deixar o chapéu mas trarei de volta a banda sonora e outras mais.

Baby, it´s a quarter past midnight

pego no Grace de Jeff Buckley e coloco-o devagar na aparelhagem.
não muito alto. não tanto que o adiantar da Lua assim o dite, mas há vozes que foram feitas para escutar em surdina.
por breves momentos, apenas o ruído aguçado de um qualquer cd que começa a rodar.
estranho o arrepio que não se fez anunciar.

lá fora, numa rua que de dia julgo abandonada, um grupo de no(c)tívagos transeuntes fragmentam o silêncio giratório. não percebo o que dizem, não sei para onde vão. quem sabe apenas passem.

de luzes fechadas, os lânguidos acordes inaugurais de Mojo Pin chegam-me ainda ao longe na varanda.
deixo a janela semi-aberta e volto para dentro. uma brisa suave sopra.
espera-me uma imensidão daquelas.

Don´t need no mojo pin.

domingo, 2 de agosto de 2009

sábado, 1 de agosto de 2009

Último fim de semana de férias

White Lies - To lose my life



É «a rasgar».