quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Pura heresia

Tropeçar no blog do chefe.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Let´s play couples (2)

Stars - Your ex-girlfriend is dead

Let´s play couples (1)

The Magic Numbers - I see you, I see me

domingo, 25 de janeiro de 2009

Cinema fora de casa (cont.)


Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen (2008)

Mas será que faz sol todo o Verão em Barcelona?
Delicioso.
Claramente, dos 5 filmes que mais gostei este ano
(fecho a época anual com a entrega dos óscares).
1h e tal a mostrar vidas, pessoas, tal qual elas são. E no fim, lá estão elas outra vez.

Cinema fora de casa

The Curious Case of Benjamin Button, David Fincher (2008)


"Along the way you bump into people who make a dent on your life.
Some people get struck by lightning.
Some are born to sit by a river.
Some have an ear for music.
Some are artists.
Some swim the English Channel.
Some know buttons.
Some know Shakespeare.
Some are mothers.
And some people can dance."

Com esta é que me...lixaste

Congresso. Eu mero ouvinte.
Minutos escassos da minha atenção. Penso que se discute a importância que pode ter o aterrar de um mosquito (qual amaragem...) sobre um pêlo do lombo de gato no dispertar de uma autêntica explosão supersónica.

Pergunta da audiência: Mas então o que pensa da importância das alterações patológicas documentadas neste estudo, sediadas no lobo temporal versus as que já conhecíamos classicamente descritas ao lobo occipital, na génese das alucinações auditivas presentes nesta doença?

Palestrante: Bem, para ser sincera, é tudo uma questão de networks. É isso. (...)


E eu feito 100% de atenção, juro que por momentos achei que não poderia haver melhor resposta (infelizmente não se ficou pela resposta seca como eu gostava).
De tal forma que penso aplicar este filão, verdadeira fórmula maravilhosa numa ou outra conversa de café que esteja a ser algo "enfadonha".

We will always...


...have uncle "Moz". (And Paris, of course).
E outras coisas que é sempre o mesmo filme todos os Domingos, revista a semana que passou.

Num claro recurso aos clássicos (contínua e imperceptivelmente revitalizados na nossa mente comum).
Jogo seguro, apostas sólidas (como se diz na gíria futebolística mesmo?) no começo de jogo. Nada de entradas precipitadas (?!). Mas de pressing alto que é o que a malta curte agora.
Deixando espaço para a verborreia de um discurso incompreensível, fluente. Fintinha, jogo de pé, poesia, BD. De uma afasia que se quer meramente sensorial (não entendo porcaria nenhuma do que os doentes me dizem às vezes e eu a pensar que eles podem estar a cantar a nelhor música da vida deles...e quem sabe da minha). Êxtase última dos sentidos.


Até da capa do novo cd de Morrissey, paradoxalmente, gosto cada vez mais por estes dias. Sim, daquela pirosice pegada.


Ando a matutar nisto de há um tempo para cá. - Há a pirosice, daquelas coisas que tropeçamos por aí, e há a pirosice com estilo, sublimação última da época em que vivemos em que até o bom se mediocriza do dia para a noite, se estupidifica, tal é a nossa falta de cuidado/atenção e dispersão. Demasiada merda, demasiados estímulos, demasiada papa Cerelac pronta a degustar e a transitar organismo fora. Elogio do 100% descartável, tetra-pak que nem amigo do ambiente é. Fere a vista: tudo placares a piscar, vem já tudo sinapsado dêem-me antes a matéria bruta. Árvore grande, de casca grossa que eu faço o buraco para ouvir o verdadeiro som que vem de lá dentro. Demasiado cor de rosa, verde, amarelo (a única coisa que gosto é que a cor do símbolo das sms que chegam), laranja ranhoso, azul bebé que dizem que é moda agora (tomem lá então este parágrafo todo...e viva a moda), verde daquele que um gajo nem sabe dizer se verde ou azul (e que dá direito a discussão de café...). E tudo a piscar num mundo de amblíopes, tudo a flipar, bla bla bla, ping ping ping, blip blip blip.
Havíamos de voltar ao preto e branco nem que por minutos apenas fosse. À essência. Como podemos processar tanta porcaria? Deixem-nos em paz. "We must all focus", não foi o que disse o Obama?

Quiçá o refinado do bom gosto, quando o bom gosto se estraga é deste menu que o tio Moz nos traz. Placar branquinho ao fundo. Dancinha de parolo. Cães fofinhos, o mesmo cliché de sempre. The same formule (de quem a sabe de cor) num pacote deformado que é para chamar a atenção (a simetria cega-me). Como se o que nos restasse por estes dias fosse ser piroso com muito estilo. Já tudo foi inventado, já tudo foi destruído.

Fosse eu artista (felizmente que não o sou) e já tinha espetado um tiro nos miolos, penso eu às vezes.


Tanto..., tanto..., tanto não sei quê e ainda assim não nos sentimos senhores de nada (e eu a pensar na estante de cds e nas pastas de mp3 que tenho para ouvir...órfãos de sentidos...palavra de honra que passo mal quando penso que morro e isto assim entregue a nem sei quem). Longe de satisfeitos com pouco, fatigamo-nos com muito. E continuamos.


É. E dá vontade de um gajo embalar as trouxas, "dar às de Vilas Diogo" (adoro esta expressão...) e sem dar por ela, capaz de um gajo "se amandar" assim para Paris também (só porque nem sei onde raio Vilas Diogo fica. Paris é bem mais fácil, ali ao virar da esquina).

Braços, pernas e tudo à mistura. Quem sabe a Torre Eiffel assim fofa- não que nem pedras e aço- mas como veludo vermelho (porque é que sempre que imagino veludo me vem à cabeça a cor vermelha?). Mas daquele que até cause dermatite de tão estupidamente estranho e liso à cutis. Êxtase última dos sentidos.
Oh sim. Porra, isso é que era.


Morrissey, I´m throwing my arms around Paris.




I’m throwing my arms
Around Paris
because
Only stone and steel accept my love!!!!!!

Recomeçando

Retoma de sinal. Lamentamos os problemas técnicos.
"Houston, problem solved. I think we no longer have a problem here, faithfully".

Quem surgiu primeiro: o post e o seu esboço ou o blog?
Nem sei.

Ora vamos lá então.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Últimas badaladas por Lx (12)

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%#&"!!!!%$#~««#$%&!!!!!!!

À última badalada, o blogger encravou.



Aguardam-se novos efeitos. Por aí. Por aqui.

As últimas badaladas por Lx (11)

Os últimos snapshots.

Parque das Nações, Reveillon 2008.

As últimas badaladas por Lx (10)

Dos rituais de passagem.

Do Reveillon.
Passado que está o boost de alegria natalícia em mim, desfaço-me em estúpidos balanços que nunca concluo. Ando ao contrário dos outros, despeço-me das multidões ao virar do 25 de Dezembro. Não percebo sequer alguma folia efémera dos festejos dos outros, quando em mim só tenho vontade de ver fogos de artifício. Mas daqueles de lágrima. Que sobem rápido ao céu e caem vagarosamente. Que duram. Que parecem chorar mas de alegria. E levar comigo aquela meia dúzia de pessoas certas e noite fora, quebrando pseudo-cansaços, partilharmos sorrisos sinceros de quem festeja qualquer coisa junta: estar cá. Passar o ano com quem queremos que veja a passar mais anos por nós.

E quase sempre o mesmo desejo adolescente de há uns anos para cá: cantar até de madrugada, partilhar histórias estupidamente brilhantes e simples, sorrir até faltar o ar. Transcendermo-nos. Há um ano, imbuídos em sonhos comuns, acho que foi tal e qual assim. O melhor Reveillon de sempre.


Da Vida.
Não creio em grandes mudanças ao virar de ano. Não faço listas de objectivos. Se alguma vez as fiz sequer, nunca as cumpri. Dos que tenho cumprido nem preciso de apontar. Doutros vou-me lembrando pelo caminho ao longo do ano. As grandes mudanças não se dão de um dia para outro, não são coisas de que nos apercebamos. Quando se podem chamar de tal, tantas vezes já fomos "achocalhados" que já nem sabemos o que mudou. Ou antes, mudou quase tudo, até nós mudámos a mudança. E dizemos que foi sempre assim, que "já nem me lembro", sorrimos e preocupamo-nos antes com as coisas que queríamos mesmo que mudassem de hoje para amanhã. Sempre o mesmo. Com essas é que vivemos, essas é que carregamos estupidamente connosco.

Com 25 anos, não tenho vontades de Mudar Mundos, apenas de os viver, ser positivamente mudado e ajudar positivamente a mudar.


Dos efeitos.
Acabados os de Lx (ou os com pano de fundo Lx), a certeza que outros virão. Em mim, nos outros que queiram partilhar os seus comigo ou ser effected pelos de cá.

As últimas badaladas por Lx (9)

Ainda a propósito do Ano Novo (ou talvez não só):

Recomeça….

Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…


Miguel Torga

As últimas badaladas por Lx (8+1/3)

E esta música (podiam ser outras mais...), retirada algures dum blog que visito regularmente, e que é assim como quem diz, "do caneco". Viciante.
Se a boa disposição tivesse um botão, então o play aí em cima deste vídeo era o on. Então, vá.

The Coral - Dreaming of you

As últimas badaladas por Lx (8)

Nunca voltes a um lugar onde foste feliz.

Será mesmo verdade?

As últimas badaladas por Lx (7)

Pronto, eu confesso: quando faço para mim essa treta dos desejos (nem me lembro quando foi a última vez), chego sempre ao último e peço eu quero poder pedir mais 30 desejos.

Epá, é justo.
Só 12 é uma perfeita idiotice.
Onde enfiava eu aquele da paz no mundo que até as misses pedem?

As últimas badaladas por Lx (6)

Mergulhado na amálgama das sensações que passam de 2008 para 2009, no sei lá que passou de cada ano e que tentamos recordar sempre que olhamos para o fogo de artifício no céu, esqueci-me de pedir os míticos 12 desejos, muito menos engoli as 12 custosas passas da praxe (valha-me isso ao menos).

Mas sei que houve ali algures um momento em que senti que algo de novo em mim estaria para começar mesmo. E esqueci tudo e todos, imaginei-me bem sozinho e sorri para mim, assim como quem diz ecoando cá dentro: ok, vamos lá então a mais uma volta?! :)

Últimas badaladas por Lx (5)

Nem por acaso, a minha (bem, é tão difícil dizer isto, uma das- mas por certa a que mais rapidamente me vem à cabeça) música favorita, a banda sonora dos últimos adeus.

Last Goodbye, Jeff Buckley.

Well, the bells out in the church tower chime
Burning clues into this heart of mine
Thinking so hard on her soft eyes and the memory
Of her sighs that, "It's over...it's over...

Daqui (enquanto faço aquele gesto de bater no peito com a mão direita).

Últimas badaladas por Lx (4)

Cenas que perduram (7)

E por falar no filme:


Elizabethtown, Cameron Crowe (2005)

Drew Baylor: Because we have a moment here, let me tell you that I have recently become a secret connoisseur of 'last looks'. You know the way people look at you when they believe it's for the last time? I've started collecting these looks.

Últimas badaladas por Lx (3)

Enquanto escrevia estas 12 badaladas, fiquei a pensar se um dia ainda vou descobrir que aquilo para que tenho mesmo jeito são os elogios fúnebres.

Will
it be?



E é mais isto, esta músiquinha do Nick Cave que é tão feia tão feia (e um videoclip fraquinho), que resolvi pô-la aqui.
Por isso, não precisam de agradecer e nem muito menos a ouçam. Está "porqu´olhem", ninguém lhe pega. Peguei eu.

Nick Cave - Into my arms
(diz que é do albúm The Boatman´s call...)

Últimas badaladas por Lx (2)

...

Administrativo: É verdade, muitos dos seus colegas pedem para ficar com os cartões.

Eu: Pois, eu entendo-os. É um recuerdo. Deixe-me só tirar uma foto então, espere lá.

Administrativo: Pois, mas não podem mesmo ficar com eles. Vão ser reutilizados para outras pessoas.

Eu: Hmmm, a sério? Agrada-me essa ideia, saber que uma parte de mim vai continuar a andar por aí.

Administrativo: É, são as novos cartões com chip, sabe?

Eu: (noutro mundo...) Pois, pois...os chips :)

Eu (regressado a este mundo): Então vá, obrigado por tudo, bom ano e felicidades.

Administrativo: Bom Ano para si também e felicidades.

Últimas badaladas por Lx (1)

Diz que estava assim o HSM aquando da minha despedida (foto tirada do parque estacionamento- não tenham medo por mais assustadora que pareça).

Fica a imagem para a minha posteridade, tirada via telemóvel.
Ainda assim, dizem por aí que as verdadeiras recordações (vêm-me sempre à mente aquele gesto "delico-mágico" da Kirsten Dunst, no filme Elizabethtown, acompanhado do "tlic-tlic" de quem tira uma foto) são gravadas na mente a preto e branco.

Na minha, quem sabe já dessaturei esta foto. Ou então estará ainda em pleno processo de revelação, num "banho de vermelhos". E até que, nem sei bem porquê, gosto desta última ideia.