sábado, 31 de maio de 2008

"sic"

5 mililitros de gasolina a seguir às refeições, revista Visão, R.A.P.

Assaltaram-me o carro. Deixaram o auto-rádio onde estava, desdenharam a minha carteira, mal escondida no porta-luvas e não tocaram no GPS. Levaram-me só os sete litros e meio de gasóleo que tinha no depósito.
A gatunagem apanhou-me, amigo leitor. Assaltaram-me o carro. E eram profissionais, os bandidos: deixaram o auto-rádio onde estava, desdenharam a minha carteira, mal escondida no porta-luvas, e não tocaram no GPS.
Levaram-me só os sete litros e meio de gasóleo que tinha no depósito. Espertalhões. Isto da carestia dos combustíveis também tinha de ter os seus inconvenientes.
Felizmente, as vantagens são inúmeras: há menos engarrafamentos, menos acidentes na estrada e menos carjacking. Com a gasolina a este preço, nenhum bandido no seu juízo perfeito rouba um carro. É meter-se em despesas. Por cada três Multibancos que assalta, dois são para pagar a gasolina necessária para as deslocações. É evidente que não compensa.
Mesmo assim, não faz sentido dizer que a vida está difícil, porque a verdade é que a morte está ainda pior. O Governo tem tudo previsto. Se o primeiro-ministro nos faz a vida negra, façamos-lhe a justiça de reconhecer que também nos torna a morte quase impossível. O suicídio, hoje em dia, está praticamente fora de hipótese. A imolação pelo fogo, tão popular no Médio Oriente, é-nos vedada pelo preço da gasolina. A escassez de sobreiros faz do enforcamento uma impossibilidade técnica. Comprimidos, nem pensar: as farmacêuticas vão-nos ao bolso. Apostar no cancro do pulmão é arriscado, porque quase não se pode fumar em lado nenhum. E as intoxicações alimentares são cada vez mais custosas, que a ASAE não dorme. A única hipótese é morrer de tédio, na fila para abastecer o carro nas bombas que vendem gasolina dois ou três cêntimos mais barata.
O que eu lamento, sobretudo, é a sorte daquela gente que tem o hábito de meter um valor de gasolina, e não uma quantidade. O leitor sabe como é: em vez de meterem 10 litros de combustível, estão habituados a ir à bomba meter 10 euros. Coitados. De há dois ou três anos a esta parte, tiveram uma surpresa. Em 2005, metiam 10 litros, e hoje metem uma colher de sopa. Dantes, enchiam o depósito com a mangueira, e agora abastecem com a colherzinha dos medicamentos.
Actualmente, é possível começar a encher o depósito e o preço do combustível aumentar duas ou três vezes enquanto se abastece. Uma pessoa pensa que tem dinheiro para atestar e no fim verifica que afinal tem de vender o carro para pagar a conta da gasolina. É possível, aliás, que o barril de crude tenha batido sete novos recordes desde que o leitor começou a ler isto. O melhor é ir encher o depósito antes que as estações de serviço comecem a vender gasolina em frasquinhos de perfume. Não deve faltar muito.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Até que a vista nos doa (7)

Aline Morais

O regresso. Ou pensavam que me esquecia desta rúbrica?

Não tenho paciência para novelas. Se a tive, a par da capacidade para jogos de cartas (hmm...espera-me uma reforma solitária, estou a ver), esvaiu-se-me rápida e sorrateiramente. Talvez, algures nos meus confins telencefálicos, o pequeno espaço contemplado à ficção continuada (vulgo novelas) seja re-du-zi-di-ssí-mo (vá, vamos- isto na melhor das hipóteses- apontar aí para umas 10 histórias simultâneas de volume generoso de bagageira). A partir desta marca, faço curto-circuito e confundo personagens, nomes, constrúo pares românticos inéditos. Em contrapartida (a Natureza é justa ainda tenho para mim), julgo ter outras áreas hipertrofiadas ou não fosse eu, por exemplo, "menino" para ir esparançosamente incorporando (entre outras coisas) o nome de 1 marroquino, 2 hondurenhos (confesso que fiquei com dúvidas entre hondurenho e honduranho) e 3 nabimianos por ano, que se dizem ser, no início de cada temporada, os craques que (e por falar nisso, este ano sim, é que é!) vão finalmente levar o meu Benfica rumo ao título (e falo mesmo do europeu, claro). Ainda que, na maior parte das vezes, passados 3 mesitos não passem de uns perfeitos desconhecidos ou, caso a situação atinja proporções escandalosas, se assumam como vedetas nº1 do gozo público nacional (e como tal, sobretudo, dos amiguinhos/família/conhecidos que ainda vou tendo do "FCPiê" e "Sporte"). É tudo uma mera questão de gestão de stock, diria.

Enfim retomando as novelas, se lhes tomar alguma atenção (falo da atenção na história, claro), ao fim de poucos episodios é uma salganhada total. Se falarmos então das portuguesas, creio que o problema atinge dimensões quase sugestivas de um problema demencial (tudo isto devido à extraordinária repetição dos nossos actores de novela para novela).

Resta-me então olhar para o ecrã e decorar umas tantas caras que valem a pena.
Como esta, de seu nome (e pelo que me foi sabiamente transmitido): Aline Morais.

Cá para nós (esta é, de facto, uma private joke): não será esta senhora a dona de uma falangeta do 2ºdedo da mão direita tão pesada capaz de nos despertar do sono, qualquer coisa como às 6h45? Who knows...? é que julgo que a menina Cat, por mais que quisesse e tentasse, não daria com o sítio, ou não fosse ela desorientada por Natureza. Já esta Aline, dizem que foi boa aluna a Geografia e que até faz "multi-caches" nos tempos livres com o seu GPS.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sim...

...também já me converti à "cena do momento": VAMPIRE WEEKEND.
Aconselho vivamente. Sabe a Verão (ainda que o tempo não esteja ainda para tal) e com Verão rima boa disposição.
Tomem lá disto então.

Vampire Weekend - Oxford Comma


P.S: E sim, descobri que também eu não uso a mítica "Oxford Comma".

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cat Power, Coliseu 26.05.08 (e as minhas ilações)

1. Que o Coliseu dos Recreios é uma sala bonita, é (no sítio onde eu estava então, talvez fosse o melhor local para o atestar).
2. Que lá bem de cima não se vê/ouve grande coisa, é verdade infelizmente.
3. Que já lá por baixo parece que concerto foi do caneco, é uma verdade maior ainda (e não me venham com paleios que eu bem vi os malandros lá em baixo sentadinhos a curtir).
4. Que tive pena de não estar também sentadinho na primeira fila, confesso que tive. Que teve momentos em que chegou a roçar a inveja saudável, sim teve.
5. Que mesmo com aquela distância e ressonância toda à mistura lá por cima, a dança descomprometida, desengonçada mas com muito estilo e extremamente sensual de Cat Power, nos faz ficar uns bons minutos absortos, é um facto. Deixou mesmo já de ser uma verdade só, há muito.
6. Que vozes de veludo chegam ao céu não sei ainda, mas vos garanto que (ainda que não nas melhores condições) ao quase-tecto do Coliseu chegam, lá isso chegam.
7. Que 98% da plateia masculina (e heterossexual) desejou levar Cat Power para casa, também é um facto.
8. Que eu saiba ninguém a levou (muito menos eu), é uma verdade (triste no meu caso).
9. Que era menino para a "esposar", lá isso era.
10. Que nunca tinha visto uma despedida que durasse 10 min, é verdade sim senhor, nunca tinha visto não. Havia mesmo malta que não queria sair de lá sem um abracinho, desconfio. Que mais de metade deles não eram gajas, disso também ninguém me convence do contrário. Oportunistas, como vos entendo.
11. Que se ela voltar cá não cometo o mesmo erro, é verdade sim senhor, e a isso se chama inteligência (ou aprender com os nossos erros, if you want).
12. Ahh...que a menina estava sóbria (ou pelo menos fingia bem), é uma verdade a assinalar também.

Que venha Feist, então.
(e Cat Power de novo se puder ser, desta feita num lugarzinho de jeito, também.)

Fica aqui Metal Heart (em pleno Coliseu e a versão do albúm), um single re-editado no último albúm de covers Jukebox e, quanto a mim, uma das músicas mais poderosas de Chan Marshall (Cat Power).



Metal Heart - Cat Power


Losing the star without a sky
Losing the reasons why
You're losing the calling that you've been faking
And I'm not kidding

It's damned if you don't
And it's damned if you do
Be true cause they'll lock you up
In a sad sad zoo
Oh hidy hidy hidy what cha tryin to prove
By hidy hidy hiding you're not worth a thing

Sew your fortunes on a string
And hold them up to light
Blue smoke will take
A very violent flight
And you will be changed
And everything
And you will be in a very sad sad zoo.

I once was lost but now I'm found was blind
But now I see you
How selfish of you to believe
In the meaning of all the bad dreaming

Metal heart you're not hiding
Metal heart you're not worth a thing

Metal heart you're not hiding
Metal heart you're not worth a thing

segunda-feira, 26 de maio de 2008

De profundis

Ou o que trouxe comigo da Feira do Livro.

Janeiro de 1995, quinta-feira. Em roupão e de cigarro apagado nos dedos, sentei-me à mesa do pequeno-almoço onde já estava a minha mulher com a Sylvie e o António que tinham chegado na véspera a Portugal. Acho que dei os bons dias e que, embora calmo, trazia uma palidez de cera. Foi numa manhã cinzenta que nunca mais esquecerei, as pessoas a falarem não sei de quê e eu a correr a sala com o olhar, o chão, as paredes, o enorme plátano por trás da varanda. Parei na chávena de chá e fiquei. Sinto-me mal, nunca me senti assim, murmurei numa fria tranquilidade. Silêncio brusco. Eu e a chávena debaixo dos meus olhos. De repente viro-me para a minha mulher:
«Como é que tu te chamas?» Pausa.
«Eu? Edite.» Nova pausa.
«E tu?»
«Parece que é Cardoso Pires», respondi então.

in De Profundis, Valsa Lenta, José Cardoso Pires


O impressionante relato de um AVC na primeira pessoa.

Das minhas memórias vintãs

Segunda-feira de chuva, já dizia o boletim e assim foi. Mas, por momentos, o Sol levou a melhor e lá conseguiu iluminar timidamente um dos locais que mais aprecio na Lisboa que conheço. Estava curioso em ir lá. Vinha até incubando a ideia havia já alguns dias e fiquei meio aziado quando soube do seu possível cancelamento. É que do alto do Parque se tem das vistas mais belas e magistosas, Avenida fora até ao rio (e quanto a mim, em nada fica atrás da também espetacular vista do alto do Castelo). E depois, aquelas barraquinhas só podiam dar-lhe um toque especial.


Era dos primeiros (senão mesmo o primeiro a sério, depois do adiar polémico) dia da Feira do Livro (78ª, ao que parece). Ainda se desfaziam as primeiras embalagens do dia e víamos-nos obrigados a contornar alguns caixotes de cartão, repletos de livros no interior. E o cheiro dos livros (sim, os livros têm cheiro e não me venham com histórias de delírios sensoriais...). Um cheiro que pairando no ar livre tem outro gosto. Se tem. E naquele serpentear barracas fora, não consegui travar memórias (já longínquas quando enquadradas na minha vintena e uns trocos mais de existência) dessas mesmas barraquinhas plantadas à beira rio, na outrora efeméride que era também a Feira do Livro de Coimbra, em pleno Parque da Cidade. Tinha outro gosto, se tinha, aquelas barraquinhas (curioso- disseste-me tu isto noutro dia também, não foi?). Hoje, tão "sem-saborona", entediosa. Uma tristeza.

Aqui por Lisboa, ainda se lhe guarda um pouco desse encanto (te garanto), quiçá feito segredo nessa disposição geométrica das barraquinhas, no local (não sei ao certo mais em quê mas aquelas esplanadas para o café também têm o seu quê). Ainda que já não seja a mesma também, disse-me quem por cá anda há algum.


Sinais dos tempos, das Fnacs, das livrarias sem fim, megastores de livros, cds e dvds tornadas feiras "fabulásticas" todos os dias (das quais também eu sou imenso apreciador e assíduo frequentador). Mas admito que em nada, mas mesmo em nada, o conforto da oferta constante, supera a satisfação da procura desenfreada, satisfeita então apenas numa dezena de dias do ano. Com todo aquele enquadramento, capaz de me levar a outros sítios, uns bons anos atrás. É, no mínimo dos mínimos, mesmo nos dias que correm, uma iniciativa que urge em revitalizar, por ser tão só (e pelo menos), a mais agradável e saudável de todas, no que diz respeito ao incentivo da leitura entre nós.

sábado, 24 de maio de 2008

Cinema fora de casa

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, Steven Spielberg (2008)

Definitivamente, há coisas que ficaram já bem lá na infância.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Cinema em casa

Os Sonhadores, Bernardo Bertolucci (2003)


The Darjeeling Limited, Wes Anderson (2007)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

I love the sound of you walking away


Franz Ferdinand - Walk away




Sim, admito que os últimos posts têm sido única e exclusivamente foto/musicais.
[...não me tivessem chegado certas "reclamações" por baixo da porta- às vezes um tipo esquece-se que ainda há quem venha regularmente cá.]

É que ando sem pachorra para escrever muito e poucas coisas interessantes tenho para mostrar/dizer. Perdoem-me o ócio. Só pode piorar e não se auguram (pelo menos num futuro imediato) melhoras sigificativas.
No entretanto, levem lá com mais uma músiquinha, oferta mui querida da casa (escusam de agradecer). Esta recordada aos meus ouvidos um dia destes, numa das urgências nocturnas de Cirurgia do HSM, através dessa mítica companhia que é um rádio sintonizado na Radar noite fora (e que companhia, aconselho vivamente a quem sofra de insónias e bom gosto musical). E uma imagem até que interessante: 3 internos (moi um deles, os outros 2 mais velhos mas todos nós nos vinte e poucos), a cantarolar/assobiar este refrão, enquanto se suturava mais um desgraçado (mas com carinho porque se há músicas que deixam um tipo bem-disposto esta é, por certo, uma delas). Ora vejam lá.

domingo, 18 de maio de 2008

Sometimes it hurts

Está o tempinho ideal para Tindersticks e ao que parece até "abriu a época de caça" ao novo albúm.
Mas a chuva ainda teima em embalar ao sabor deste dueto Sometimes it hurts, um single de 2003.
Delicioso. Está (e há de estar enquanto o tempo assim convidar) em modo repeat por aqui.
E o vídeo...daqueles. Fica a sugestão.

Tindersticks - Sometimes it hurts

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Redemption song




Old pirates, yes, they rob I
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottom less pit.
But my hand was made strong
By the hand of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.
Won't you help to sing
these songs of freedom
'Cause all I ever have:
Redemption songs
Redemption songs

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look
Oh! Some say it's just a part of it:
We've got to fulfill the book.
Won't you help to sing
these songs of freedom
'Cause all I ever have:
Redemption songs
Redemption songs
Redemption songs

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our mind.
Wo! Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a-the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Yes, some say it's just a part of it:
We've got to fulfill the book.
Won't you help to sing
These songs of freedom?
'Cause all I ever had:
Redemption songs
All I ever had:
Redemption songs:
These songs of freedom,
Songs of freedom.

terça-feira, 13 de maio de 2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Acerca dos contadores de estórias

Confesso que tenho um fraco por uma boa história. Das verídicas, de Vida. Sobre ela ou que dela nos expliquem algo. Isto por aqueles (que considero mestres exímios) que, muitas vezes em poucas palavras ou mesmo num par de imagens só, sabem captar a minha atenção. Toda. E quase me deixam boquiaberto.
[E para que se perceba a arte da coisa, não sou assim tão facilmente deslumbrável, acho.]

O que é uma boa explicação senão uma daquelas histórias fantásticas (muitas vezes bem simples, até) com algum sentido para nós?
Guardo na minha memória, ao longo do meu percurso pessoal e sobretudo académico, uns tantos exemplos do género. Entre outros, foi assim que cedo interiorizei alguma da geografia mundial; a serotonina enquanto neurotransmissor importante nos nossos estados de humor (!!!...por mais ridículo que isto possa parecer...); a importância do pescoço das girafas (objecto último da selecção natural darwiniana) na distinção das principais teorias evolucionistas; a fisiopatologia da insuficiência cardíaca (e a imagem da mítica barragem de Hoover no Colorado), entre outros. Ficaria aqui a citar "éne" exemplos, alguns ainda mais ridículos que estes (como se isso fosse possível...mas é).
Quem disse que as boas explicações não podem ser ridículas?


Mas a mais recente delícia que adicionei ao reportório foi esta, acerca da importância do repouso na terapêutica da tuberculose, doença infecciosa, então temível (e nalguns casos ainda temível) entre nós:

...Antes da estreptomicina a tuberculose era uma doença terrível, no sentido literal do termo. Na tuberculose pulmonar há que distinguir as formas "instaladas" de lesões crónicas fibro-caseosas escavadas- cuja solução era a lobectomia ou mesmo a pneumectomia quando unilaterais e sem solução quando bilaterais- e as formas iniciais de infiltrado precoce escavado ou não, mas eventualmente curáveis pelo colapso do pneumotoráx ou pneumoperitoneu em cerca de dois anos ou mesmo, quando incipientes, pelo rigoroso repouso acamado. Recordo a minha explicação ao doente: pegava-lhe na mão e virava o dorso para cima e dizia: "imagine que tem um golpe nesta pele a querer cicatrizar mas que tem de repuxar a pele permanentemente cerca de 16 vezes por minuto (e exemplificava, repuxando um pouco a pele 2 ou 3 vezes...). Se o repuxão for pequeno ainda é possível que faça cicatriz mas, se ele for grande e, pior ainda, mais de 16 vezes por minuto, é certo e garantido que nunca mais cura. Ora é isto mesmo que acontece no seu pulmão. Ele tem uma lesão tuberculosa com uma pequena cavidade que pode e deve fechar e cicatrizar, mas, para isso, é preciso que a respiração seja lenta e suave. Basta um suspiro fundo para rasgar a cicatriz que estiver a começar. Tem, pois, que estar em repouso absoluto, sem respirar fundo as 16 respirações por minuto que fazemos em repouso. Deita-se e só muda de posição quando for mesmo necessário. Pode ouvir telefonia mas, se gosta de futebol, está proibido de o ouvir pois vai emocionar-se, suspirar e rasgar as cicatrizações que estiver a fazer..."...

in Relance sobre a História da Medicina Contemporânea, Pedro Eurico Lisboa

domingo, 11 de maio de 2008

Vermelho Scarlett/Até que a vista nos doa (6)

Porque em democracia as loiras também votam.

Scarlett Johansson

Delícias

A ruralidade, a qualquer coisa como uma dezena de kms de Lisboa. Até custa a acreditar.
Sempre gostei dos contrastes.
Chamem-me egoísta mas, entre a côdea e o miolo da broa, não abdico de nenhum deles.

Cinema em casa

In the mood for love (Fa yeung nin wa), Wong Kar Wai (2000)

P.S: Obrigado Inês, por me teres lembrado a posteriori deste filme que me andava a escapar à rotina das postagens cinéfilas.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Até que a vista nos doa (5)

Ou ainda os restos que vão sobrando para digerir do visionamento de "My Blueberry Nights" (dos escassos 2 minutos em que se pode contemplar Cat Power).

Eis que se me coloca então um novo grande dilema (oportunamente discutido entre fãs): tivesse eu de escolher uma só- Cat Power ou Feist? Nada fácil...

Para tirar as dúvidas (não vá o Diabo tecê-las), dia 26 de Maio e dia 11 de Junho respectivamente, guardei-lhes um pedacinho da minha agenda.



sábado, 3 de maio de 2008

A neurofisiologia de um corte de cabelo

Genial.

Instruções:
Ligar os phones ao pc e colocar o volume bem alto. Fechar os olhos e disfrutar da ínfima plasticidade cerebral.

Há coisas fantásticas, não há?


P.S: Só funciona com phones mesmo...esqueçam as colunas.