quarta-feira, 28 de outubro de 2009

«Vai buscuuuuá-la!»

Que este é Só o Melhor videoclip do ano.
Ai e tal, e é por isto que eu adoro o Outono
(já que das castanhas...).
Quanto a esta categoria, não se fala mais do assunto.
Venha 2010, então.

The Low Anthem- Charlie Darwin

The Low Anthem - Charlie Darwin - Official Video from End of the Road Films on Vimeo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

It's the magical mystery kind!!!

Os ciganos. Salve-se quem puder.

Edward Sharpe & The Magnetic Zeros - 40 days dream


It's the magical mystery kind
Must be a lie
Bye bye to the too good to be true kind of love
Oooooh I could die
Oooooh now, I could die !!!!!!!!!!

Doravante, "As" músicas

pelo menos. Serviços mínimos.
Na falta de "tempuramento" para mais.

Comecemos então com os crooners.

Richard Hawley - Open up your door

domingo, 18 de outubro de 2009

O triângulo de Callahan

não me sai da cabeça.

Bill Callahan - Too many birds


If...
If you...
If you could...
If you could only...
If you could only stop...
If you could only stop your...
If you could only stop your heart...
If you could only stop your heart beat...
If you could only stop your heart beat for...
If you could only stop your heart beat for one heart...
If you could only stop your heart beat for one heart beat.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Let´s pretend highschool never ends

The pains of being pure of heart - Young adult friction

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nas primeiras chuvas do Outono

Porém na sua voz transparecia uma certa nostalgia: a juventude sente sempre nostalgia, está eternamente saudosa duma pátria ambígua, indiferente e assustadora que se chama mundo.


in As velas ardem até ao fim, Sándor Márai


Paul Strisik, Autumn Rain

domingo, 4 de outubro de 2009

51°30′28″N 00°07′41″W (8)


How many special people change
How many lives are living strange
Where were you while we were getting high?
Slowly walking down the hall
Faster than a cannon ball
Where were you while we were getting high?

Some day you will find me
Caught beneath a landslide

sábado, 3 de outubro de 2009

51°30′28″N 00°07′41″W (7)

(o mítico video dos pacotes de leite...damn, não resisti)

So give me Coffee and TV
Easily
I've seen so much I'm going blind
And I'm brain-dead, virtually
Sociability
It's hard enough for me
Take me away form this big bad world
And agree to marry me
So we can start over again

51°30′28″N 00°07′41″W (6)


All the people
So many people
They all go hand in hand
Hand in hand through their parklife

51°30′28″N 00°07′41″W (5)

Hyde Park



Now if it's time to recompense for what's done
Come, come sit down on the fence in the sun
And the clouds will roll by
And we'll never deny
It's really too hard for to fly

51°30′28″N 00°07′41″W (4)


Tonight we fly
Over the chimney tops
Skylights and slates
Looking into all your lives
And wondering why
Happiness is so hard to find

51°30′28″N 00°07′41″W (3)


To look on your grace
And believe what you say
But kid I'm a pilot
It's all I believe in
It's all I believe in
You can ride on my back

51°30′28″N 00°07′41″W (2)


When you're sad and feeling blue
With nothing better to do
Don't just sit ther feeling stressed
Take a trip on the National Express...

51°30′28″N 00°07′41″W (1)


And I've heard all those stories
About the black cabs and the way they drive
That if you take a ride with them
You might not come back alive
Black Cab...Black Cab...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Os postais (musicados) que não vos mandei de Londres

London: 51°30′28″N 00°07′41″W


Um deles seria este da Berwick Street, uma estreita rua londrina, transversal à movimentada Oxford Street, no mítico Soho londrino e que serviu de capa a um dos cds dos Oasis.
Conhecida pelas pequenas lojas de cds, vinys e outras fantasias geeks do universo musical.

Raios parta o mundo que é mesmo um lugar estranho.
Tão grande e tão diverso mas também tão pequeno que numa mesma rua cabem 100 nacionalidades diferentes e num só cd/postal tanta recordação.

Take me to the place where you go
Where nobody knows
If its night or day
Please don´t put your life in the hands
Of a rock and roll band
Who´ll throw it all away.

domingo, 20 de setembro de 2009

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (6)

Noah and the whale - First days of Spring

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (5)

The White Lies - Farewell to the fairground

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (4)

Arctic Monkeys - Crying Lightning

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (3)

Fanfarlo - The walls are coming down



Ou como enfiar Beirut e Arcade Fire numa música só.

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (2)

THe XX - Crystalised

Depart- Porto, Arrive- London Stansted (1)

A contar os dias.

Salt Air - Chew Lips

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Los abrazos rotos


Corriam já talvez duas horas e qualquer coisa mais de filme.
E eis que, já totalmente embevecido em mais uma fútil mas apaixonante personagem penelopiana (a de Vicky Cristina Barcelona é claramente mais frívola e, também por isso- à imagem do imaginário do sexo oposto, mais estimulante), irrompe algures nuns planos de uma paisagem vulcânica das ilhas de Lanzarote, uma familiar voz aveludada.

Será chuva, será gente?
Gente normal não é certamente e não é qualquer um que canta assim.
Fui ver, era Cat Power com Werewolf.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sem comentários (8)


(ou quase sem...eu bem tentei)

Valha-me Nossa Senhora...
E a sensualidade daquele jeito meio contorcido?!
Está decidido: nunca mais como magnuns clássicos.
Diabetes, encontramo-nos daqui a 23675 gelados destes.
E eu levo a insulina, combinado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

For Your Lover, Give Some Time



It was your birthday yesterday
I gave a gift that almost took your breath away
But to be honest I nearly left it on the train
For your lover give some time

You talk forever on the phone
To your mother and with my thoughts I'm left alone
Now and then I think "How strange our love has grown"
For your lover give some time

I'll give up this cigarette
Stay at home and watch you mend the tears in your dress
Have your name in a rose tattooed across my chest
And be your lover for all time

Maybe I will drink a little less
Come home early and not complain about the day
And give you flowers from the graveyard now and then
For your lover give some time

I think of places that I've seen
A skipping stone across the ocean I have been
A ruthless man with no one else to share my dream
And for my lover gave no time

Heres is a toast to you Helen
To all the cinemas we ran in from the rain
Laughing clutching soaking newspapers to your face
And for your love you gave some time

I'll give up this cigarette
Stay at home and watch you mend the tears in your dress
Have your name in a rose tattooed across my chest
And be your lover for all time

Maybe I will drink a little less
Come home early and not complain about the day
And give you flowers from the graveyard now and then
And for my lover give some time
For your lover give some time

Por aqui, aguarda-se.
Richard Hawley, Truelove´s Gutter, 22nd September.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Complexo de Édipo

Um mergulho nas águas psicopatológicas.
Ao som de Ludovico Einaudi- Dietro Casa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Decomponsing the british

Do filme This is England, de Shane Meadows (2006).




O retrato da Inglaterra de 1983 (esse ano fantástico), na pele de um puto de 12 anos, vítima do tão nada actual bullying e órfão de pai morto na guerra das Falkland/Malvinas de 1982.

Tudo isto passado algures num bairro operário do subúrbio de uma cidade inglesa (não se chega a entender se se trata de Londres), em pleno Tatcherismo e no rescaldo do conflito decorrido naquele remoto arquipélago atlântico. Em pleno rising time dos sentimentos nacionalistas e do movimento skinhead.

Sentimento orgulhoso de uma década que se julgou perdida naquilo que pareciam ser devaneios artísticos (mas hoje tão saudosa já), num regresso imediato às minhas referências primordiais, da TV às cores mas meio baça e com aquele "granuladinho". Tudo isto sempre tomando as dores da revolta social exposta na mais imberbe careta de um puto meio branquelas, cenoura e sardento. E uma banda sonora de excelência- como só se seria de exigir, feita de hits da altura (destaco entre outros, os excelentes minutos iniciais em que somos bombardeados com um conjunto de imagens dignas de qualquer espólio visual daquela década, ao som de Toots and the Maytals- 54-46 was my number. (Façam pois o favor de o visualizar).

A prova de que um filme sem contexto histórico continua, para mim, a ser uma dificuldade acrescida para a sua devida apreciação. Aqueles que não vivem no seu tempo, nem sei pois se alguma vez viveram.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Glorious bastards

SMS para o Mário (também ele "vermelho", quiçá um pedacinho setubalense por uma passagem breve pelas terras do Sado) hoje, durante o jogo do Benfica.
(Estávamos ainda pelos 7-0):
"Hoje até eu marcava um golo se passasse pela área do Setúbal".

Dois pensamentos:
1. Qualquer vitória, por mais de 5 golos, deveria valer 6 pontos. Um estímulo ao futebol espectáculo.
2. Uma vez que tal não acontece, que bom que era podermos transferir uns "golitos" de um jogo destes para um daqueles (que virão com certeza) em que tivermos mais enrascados.

Lugar aos líricos (2)

The Divine Comedy - Pursuit of happiness (live at Palladium)


Por aqui, continua-se a saga.

Lugar aos líricos (1)

The Divine Comedy - Everybody knows (except you)



Em conversa:
"E depois há as canções de ou sobre amor, umas 10 em cada 13/14 num cd de um qualquer artista/banda".
...
"É, e depois há aqueles artistas que são mesmo pirosos e aqueles que, mesmo nem o querendo não ser, por algum estranho motivo, escaparam a tal".
"Talvez sejam essas «as» músicas que um dia voltaremos a ouvir".

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fui de fim de semana

Mas deixei a aparelhagem ligada.
Quando quiserem é só carregar no botão play.
Fiquem bem, sirvam-se à vontade que a luz é por conta da casa.

Sonic Youth - Incinerate

Johnny Cash - Folsom Prison Blues


Tom Waits - Chocolate Jesus


Belle and Sebastian - If she wants me

Eu também acho que o cérebro tem um sexo (ou quem "empina" bicicletas?)


E aqui estão 20 boas perguntas para saber qual o artigo definido com que o designamos.
Não que eu tivesse dúvidas quanto à sexualidade da coisa. Not, indeed. That´s not the point.
Achei cativante o artigo e resolvi fazer o teste, simplesmente.
AQUI.

1. Adorava cantar afinado (e nem sozinho consigo, só calado...e nem sempre).
2. Vencer é sempre importante (vejam o Benfica e no que deu).
3. Não sou surdo mas às vezes ouço mesmo mal (salas barulhentas no way...e se for com o volume da TV alto então...).
4. Não que eu praticasse subida às árvores enquanto "gaiato" (contingências de menino da cidade) mas assinalei esta que sim. Talvez o desejasse ter feito mais vezes, e ainda o deseje noutras. Ainda reciei que esta fosse apontar mais no sentido dos antepassados primatas, mas who cares, é a verdade mesmo.
5. Se alguém me interrompe o que estou a fazer, fico meio KO e tem vezes em que vou ao tapete e tenho de reerguer-me e recomeçar.
6. I´m a monotasking man, that´s true. Lema: faço pouca coisa de cada vez, mas tento fazê-la bem (ou pelo menos é o que vendo). Tem excepções: comer e beber, repousar e descansar.
7. A "cena dos olhos" acho que capto.
8. Colectar objectos tudo bem, agora arrumá-los em categorias já foi mais o meu forte. Quase sempre perco-me a pensar na melhor etiquetagem possível e imaginária feita até hoje, que vai rebentar com tudo e todos (Lineu, Whittaker, tabela periódica, Wikipedia, dicionários e que mais), capaz de fazer sentido e arrumar tudo o que nos rodeia. No fim, sou sempre eu que me perco, cansado, fragmentado em milhões de pedaços incatalogáveis. Até novo impulso e nova tentativa.
9. Poucos foram os problemas que com a intuição resolvi bem. Viva a lógica. Porque é que não explicas tudo mesmo?
10. Esta deixou-me em dúvida mas acho que nunca fui muito de crises existenciais. Depois lembrei-me do vestir a roupa do pai e da mãe quando se é novo. Ok, definitivamente, não.
11. Era o gajo que fazia a letra feia às vezes (há letras mais feias, ainda assim) mas se me esforçasse era capaz de fazer um novo tipo de caracter para o Word (que não o wingdings). Fartava-me era rápido, normalmente pelas 7 linhas no máximo.
12. Claro que gostava de desmontar objectos. Não o fazia era muitas vezes, consciente (sempre o fui, admito) que raramente saberia montá-los de novo.
13. Sim, fico entendiado muito rapidamente e adoro coisas novas (definitivamente, aqui falhou a exposição à testosterona- eu sei, mas um gajo também tem de ter cenas de gaja. diz que é giro e que conta como "sensibilidade" e as miúdas gostam).
14. As pessoas que falam rápido não estão no meu top mas "porra", não me deixam nervoso. Agora que penso nisso irritam-me bem mais as que falam devagar e um gajo tem de puxar por elas.
15. Prefiro a realidade (mesmo que romantizada) à ficção. Curiosamente, acabei de ler «As Noites Brancas» de Dostoiévski. Afinal de contas, o que é aquilo? Romance ou ficção do "Sonhador"? Talvez por isso não o tenha adorado. Mas ainda assim recomendo. Diz que é obrigatório e as 94 páginas não nos matam.
16. "Eu nunca me perdi", as I once said. Gosto de mapas, GPS e globos (adoro globos) mas porque para mim a vida é feita de referências.
17. Sim, tenho amigos e família (como a maior parte das pessoas).
18. Sempre gostei de desportos.
19. Adoro imaginar coisas em 3D. Até aí ao meu 8º ano, sempre sonhei em ser arquitecto. Virei médico (ou aprendiz de), mas ainda me dá um valente prazer visualizar aquelas maquetas dos edifícios e, da mesma forma, imaginar o corpo humano, as doenças e o que mais em 3 dimensões, pensando no que "faz a casa ir abaixo" (ou não). That´s me. Não me roubem a profundidade da coisa, ok?
20. Não que eu saiba o que significa "empinar" uma bicicleta. Como achei a coisa meio duvidosa, esta foi não. E se é aquela cena do pimp my ride, esqueçam. Lavar o carro ao Domingo de manhã de fato-treino, pôr cera no popó e que mais, definitivamente não é para mim. Espero pela chuva ou pelo dia em que o carro esteja tão sujo que a norma social me obrigue a dar-lhe a "chuveirada".


Ahhhh...e o meu indicador e anelar estão "ela por ela".
"Mas isso não é uma regra sem excepção, como praticamente tudo na biologia", diz aí o artigo. Ainda bem.
No entanto, claramente, a senhora investigadora tem de rever este ponto. E o "empinar" as bicicletas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para quando te esqueceres de espreitar o Mundo além do pêlo

Disse-lhe que estranha e deliciosamente me tinha perdido esta noite, como em tantas outras que houvera, imerso em pensamentos desconexos- desta feita, algures entre as músicas de Perkins. Que as melhores previsões indicavam que tão cedo não estaria de volta.
Pois então: que fosse e me deixasse assim, no doce maneio de quem navega, meio à deriva, meio só.

Elvis Perkins - Chains, chains, chains


What am I if bound to walk in chains 'til I die
Reaching wildly out to the sky with no particular aim
A flame and all aflame.

Let´s sleep all Summer

The National + St. Vincent - Sleep all Summer


Porque eu ainda sou do tempo em que as estações de ano se escreviam em letras maiscúlas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

«Tinha um livro na mão: Anna Karenina de Tolstoi.»


Volta, ainda e sempre, à imagem daquela mulher deitada no seu divã; nunca conhecera ninguém assim. Não era nem uma amante nem uma esposa. Era uma criança que tirara de uma cesta untada com pez e que poisara na margem da sua cama. Ela adormecera. Ajoelhou-se ao seu lado. O hálito febril acelerou-se e ouviu um leve gemido. Encostou o rosto ao dela e soprou algumas palavras de repouso para dentro do seu sono. Um instante depois pareceu-lhe que a respiração de Tereza se acalmava e que o seu rosto se levantava maquinalmente em direcção ao dele. Cheirava-lhe nos lábios o cheiro um pouco acre da febre e aspirava-o como a pensar que Tereza já lá morava em casa há muitos anos e que estava moribunda. De repente, tornou-se-lhe evidente que não sobreviveria à sua morte. Deitar-se-ia a seu lado para morrer também. Escondeu o rosto contra o dela na almofada e assim ficou por longo tempo.

A insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera


Um dia eu hei de comprar uma jukebox:
Nick Cave & The Bad Seeds - People ain´t no good

domingo, 16 de agosto de 2009

Provavelmente, a música mais doce...

...que se pode ouvir na manhã de um qualquer Domingo solarengo.

Nick Drake - Fly


And the clouds will roll by
And we'll never deny
It's really too hard for to fly
...
And the sea sure as I
But she won't need to cry
For it's really too hard for to fly
.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sem comentários (7): o esquilo


Via Bitaites.
Pelos vistos, das fotos que mais hype tem gerado pela internet, nos últimos tempos.
E é de facto impossível resistir-lhe.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tudo o que não vem num guia de viagens


La plus belle époque

...
E o Richard Hawley ali a tocar de fundo.

Richard Hawley - Lady solitude

sábado, 8 de agosto de 2009

Noites brancas ou há fado em Brighton Beach, Brooklyn

Two Lovers (Duplo Amor), James Gray (2008)

Na minha lista, um dos filmes do ano. Duro de roer. Demasiado duro.

A noite, enquanto lugar mais inquietante do ser humano; a eternidade da solidão e silêncio de um quarto, a tempestade anunciada.
A poesia da vida que decorre nos subúrbios de uma cidade que me exerce um estranho fascínio. Um íman do meu mundo, penso eu às vezes. Ou não fosse, o quadro ali na parede.

"Por estes dias só dá Nova Iorque", dizia-me a Paula há dias.
Caso não bastasse, ora aí está, podes crer.

Joaquin Phoenix (esse daí de cima): uma brutalidade. Com ele vi pouco, muito pouco. E de We own the night (2007), também com este actor e do mesmo realizador, fiquei-me pelo delicioso trailer erótico dos instantes iniciais com Eva Mendes, ao som de Heart of Glass dos Blondie. Merecerá maior atenção no futuro então.
Seja como for, vivendo um surto psicótico ou executante arriscado de mera cambalhota de marketing, o brilho do seu desempenho neste filme é inegável.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pré-aviso à navegação na ilha de Sua Majestade: vai haver...

...panic !!! (in the streets of London...).

The Smiths - Panic


E parece que há data marcada e é algures para os fins de Setembro.
Não há gripe nem nada que nos pare.
Levo chapéu de chuva, máquina fotográfica e banda sonora.
Conto em deixar o chapéu mas trarei de volta a banda sonora e outras mais.

Baby, it´s a quarter past midnight

pego no Grace de Jeff Buckley e coloco-o devagar na aparelhagem.
não muito alto. não tanto que o adiantar da Lua assim o dite, mas há vozes que foram feitas para escutar em surdina.
por breves momentos, apenas o ruído aguçado de um qualquer cd que começa a rodar.
estranho o arrepio que não se fez anunciar.

lá fora, numa rua que de dia julgo abandonada, um grupo de no(c)tívagos transeuntes fragmentam o silêncio giratório. não percebo o que dizem, não sei para onde vão. quem sabe apenas passem.

de luzes fechadas, os lânguidos acordes inaugurais de Mojo Pin chegam-me ainda ao longe na varanda.
deixo a janela semi-aberta e volto para dentro. uma brisa suave sopra.
espera-me uma imensidão daquelas.

Don´t need no mojo pin.

domingo, 2 de agosto de 2009

sábado, 1 de agosto de 2009

Último fim de semana de férias

White Lies - To lose my life



É «a rasgar».

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E por falar em casas...

I´m from Barcelona - Treehouse (La Blogothéque)



É isto e outras coisas que as enchem de sentido.
Numa clara homenagem ao povo sueco, e claro está, ao Ikea.
Com direito a desafinanço e tudo.

Habemus salum


Ou caminhamos a pequenos passos e orgulhosamente nesse sentido.
3 reflexões profundas de férias (fico-me pelas 3 só):

1. Após visionamento de algum tempo de tv: o tipo(a) que fez o anúncio da Trinaranjus (aqui em espanhol- é quase melhor...), os meus sentimentos.
Porquê? pelo anúncio, só. «Valha-me Nossa Senhora»...o que é aquilo?

2. A pré-época do Benfas.
Havia de existir um campeonato da pré-época: éramos sempre campeões e dava-se aquele jeitinho aos emigrantes que vinham cá fazer a festa.
Digamos que a minha ilusão é inversamente proporcional ao número de jogos que o Benfica faz ao longo da época (pelo menos, é o que tem acontecido nos últimos 10, 15 anos vá). Este ano não é excepção e estou por isso na «fase rebuçado». Deixem-me estar e não tenham pressas. A curtir o docinho enquanto isto não amarga. Espero que me engane desta vez.

3. O pior das férias é, sem dúvida, acabá-las (esta, das 3 reflexões, talvez a mais profunda mesmo).

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ainda «Na Patagónia»

O poeta vivia sozinho numa cabana de duas divisões à beira do rio, num lugar isolado coberto de damasqueiros. Tinha sido professor de literatura em Buenos Aires. Viera à Patagónia quarenta anos atrás e tinha ficado.
Bati à porta, e ele acordou. Caía uma chuva miudinha, e, enquanto ele se vestia, abriguei-me debaixo do alpendre e fiquei a admirar a sua colónia de sapos de estimação.
Os seus dedos apertaram-me o braço e fixou-me com um olhar intenso e luminoso.
- Patagónia! - exclamou. - É uma amante possessiva. Enfeitiça. Uma autêntica sedutora. Envolve-nos nos seus braços e nunca mais nos deixa partir.
A chuva tamborilava no telhado de lata. Durante as duas horas que se seguiram, ele foi a minha Patagónia.

Na Patagónia, Bruce Chatwin

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Toda a verdade sobre o urso da Natura

...ou The Coral - Dreaming of you
(uma repetição aqui no "pasquim")



É, não me venham com falinhas mansas.
Possivelmente das melhores músicas que a brit indie pop produziu nos últimos anos.
E quantas músicas têm ursos a cantar? Genial.
E é de sair por aí a cantarolar isto.
No Verão então...cuidado. Epá, tem mesmo muito estilo... :)
(...ou pelo menos é o que eu orgulhosamente penso.)
Tenho dito.
E vou ali carregar no play outra vez que o repeat está avariado.

P.S: e não é que descobri o raio do site onde um tipo pode brincar com o urso e tudo?

sábado, 25 de julho de 2009

Até que a vista nos doa (16)

Iben Hjejle

No regresso, a espaços, a uma velha rúbrica (assim vão aparecendo as protagonistas).
Em terra de loiras, quem tem glamour de morena é raínha.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Porque hoje é Sexta

Jens Lekman - Friday night at the drive-in bingo


...em jeito de quem ainda dança ao ritmo do concerto de Jens Lekman...
E este poster. É. Qualquer coisa de delicioso.

Patagonia Express

(imagem retirada daqui)

«Il n'y a plus que la Patagonie, la Patagonie, qui convienne à mon imense tristesse.»

Blaise Cendrars,
Prose du Transsibérien et de la petite Jehanne de France


Lê-se, em epígrafe, no prefácio de In Patagonia, de Bruce Chatwin.
E mais que a frase, o lugar, um certo modo de vida ou o simples desejo de evasão, o seu desígnio parece encerrar em si tudo aquilo que pertence ao universo do que nos foi, é e será sempre inatingível. "Patagónico", titânico.

Por momentos, Patagónia podia bem ser o título do raio deste blog e assim logo abaixo apareceria tamanha citação (tarde demais, fica no entanto expressa a vontade). A inveja é um pecado mortal mas o seu reconhecimento é meio caminho para a absolvição.

Continuamos na música a granel

The 13th Floor Elevators - You´re gonna miss me

Sairemos a cantar por aí:«Oh les champs elysées!!»

Stereolab - Lo Boob Oscillator

Pop music killed the humanity (not the video star)


What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?

High Fidelity, Nick Hornby
[Estava em lista de espera há já algum tempo. Saltou da estante agora. O mesmo que serviu de argumento ao filme (que a casa também recomenda vivamente).]

Como nota de rodapé, a péssima tradução da Teorema. Erros ortográficos e mismeanings. Poupava uns trocos, comprava o orginal e ficava melhor servido.
What the hell...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Crime, disse ela

"But for how long did we stop dreaming?"
...

Nick Drake - Pink Moon


Saw it written and I saw it say
Pink moon is on its way
And none of you stand so tall
Pink Moon gonna get you all...


(atentem na brisa que sopra no fim...speechless)

Mais uma do Hopper

Railroad sunset, Edward Hopper (1929)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

«It´s one small step for (a) man, one giant lead to mankind.»

(imagem retirada da Internet)

No dia em que a alunagem "completou" 40 Primaveras.

sábado, 18 de julho de 2009

We´ll never dance alone, Jens



Confirmou-se.
Tudo: as "franjinhas" (provavelmente todas que existem em Coimbra), pés de dança (muitos), a inevitável boa disposição e seus sorrisos.

A música é e provou-se, afinal de contas, o veículo por excelência para cativar num dado momento e por tempo impreciso (break the spell darling...) alguém.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Yann Tiersen, C.A.E. Fig. Foz, 04/07/09

Houve quem tenha ido lá pela Amélie. «Amélias», disseram alguns.
E de facto, da Amélie, ouviu-se pouco ou mesmo nada.
Muita guitarra, alguma distorção propositada, bastante violino, beaucoup de rock, algumas cabeças e outros tantos bate-pés ao ritmo da coisa.

Polémicas à parte, fica então a partilha (não minha, mas de quem para mim e para outros, gentilmente colocou no Youtube).
Mais do que a pseudo-crítica, a partilha despretenciosa.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Twitter: what are you doing?


Eu confesso que percebo os blogs (por razões óbvias).
Vejo os que quero, nem se perco tempo nos que não me interessam. Adiciono uns. Às vezes, apago e readiciono mais tarde até.
Tal e qual a minha relação com a TV, a rádio, assim me relaciono com a internet e seus recantos.
Em tudo isto, deixo sempre espaço para uma possível mudança de opinião/gosto com o simples passar do tempo.

Eu até que percebo alguma da piada do furor inicial que foram as redes sociais, hi5 e afins. Por menos interessante que um tipo seja, é sempre possível vender o "produto". Uns mais bem "empacotadinhos" que outros.
Aguçou as nossas capacidades inatas de auto-promoção, de reles comerciante do produto mais básico que possa existir: nós mesmos.


Mas o Twitter, as mensagens instantâneas de estado e semelhantes, soam-me única e exclusivamente ao culto estúpido do Momento. À partilha inusitada, ao jeito de de uma histriónica que sai à rua aos berros todo o santo dia. Louvados sejam os vizinhos.
Quem não conhece tais personagens?

Para que um momento seja digno de registo (pelo menos para terceiros), há uma santa qualidade que não lhe pode faltar: raridade, não menos relacionada com outros tantas: espetacularidade, dignidade do que é partilhável, susceptível de merecer a atenção de outros.
Tal qual uma sinédoque, vai-se priveligiando:
A página em vez do livro.
O acorde em vez da melodia.
O mero "bitaite" em vez do raciocínio.
O vector de embate, esquecendo a física global dos corpos.
O fácil.
O imediato.
A parte em vez do todo.

Vejamos: uma cena pode até ser muito boa mas não nos esqueçamos que para as juntar existem os realizadores. E inclusive, existem os bons e os maus. Como em tudo.
Parece que o mundo vai acabar amanhã. Diz qualquer coisa para a mamã e para o papá. Para o tio que está em França e que te está a ver através do Twitter.

Como se a vida fosse mesmo um palco (é-o, eu sei). Mas até que ponto a nossa sociabilidade não passará pela saudável abstenção dos dramas dos outros?

Vómito a vómito, uma sanita em que se está constantemente a debitar qualquer coisa para quem está do lado de cá.
Todos debitam, tudo pode ser debitado.
(Onde ficaram os diários que as pessoas tinham antigamente? E as chaves dos mesmos?)
E ainda bem que é sinal de liberdade, dirão alguns. E o saudável espaço entre aquelas, não se esgotará à medida que cada uma reclama cada vez mais espaço para si?

Sou pois incapaz de perceber o que leva as pessoas a tanto reportarem o que "fazem" minuto a minuto das suas vidas. Note-se bem: raras vezes se quer o que "pensam" naquele minuto.
E quem não o faz, terá uma vida menos interessante ou será menos merecedor da atenção dos restantes?
Salva-se a vertente pseudo-jornalística da coisa, o lado às vezes irrisoriamente útil da questão.

Todos temos um microfone na mão há muito, é sabido. Mas quantos de nós lhe saberemos pegar?
A informação foi, é e será sempre uma faca de dois gumes (lá está, e por falar nisso, ela é uma "faca de 2 legumes", já dizia o "passarinho-twitter" Jaime Pacheco).
«A menos» é sintomático de ignorância ou opressão, «a mais» é uma seca, ou melhor, autêntica inundação e salve-se quem ainda vai sabendo mandar umas braçadas.

Ora, para as saber mandar é preciso um dia ter aprendido a nadar. E nessa aprendizagem, não se passa do dia para a noite para a piscina olímpica.


E o Twitter: oferecer-lhe o Nobel da Paz como ouvi há dias é, claramente, vangloriá-lo por algo que as massas sempre foram fazendo (com ou sem Twitter): a mitificação (ou antes, mistificação) de qualquer coisa pelo bem que possa ter causado (no caso, a partilha das imagens dos recentes confrontos nas presidenciais iranianas) ou pelo mal (algo para o qual não estamos ainda muito alertados...ou para o qual não terá passado se quer tempo suficiente para que nos apercebamos).

Não será a nossa sanidade mental, social um bem precioso? até que ponto não se estará a transformar a comunicação, a própria linguagem- com sedes biológicas já bem identificadas, e com isto tudo, inevitavelmente, as relações entre os homens?
O processo está em curso, não há volta a dar-lhe, é certo.


Não que eu considere a minha vida insuficientemente interessante para que a possa descrever telegraficamente ao minuto (ok, admito que seja até...tem minutos em que não faço puto mesmo).
Diria antes que, em jeito meio empático (de nada!), pouco me interessa partilhar algumas coisas que me vão acontecendo, muito menos saber o que a maioria das pessoas fazem das suas vidas. (Salvam-se pois raras e honrosas excepções, algumas das quais em que sou apologista do recurso ao meio audio-visual mesmo...o séquito do bom "voyeurismo" é pois a meu ver parte da herança genética da humanidade.)

Como diz o ditado, ainda há ignorâncias que vão sendo uma bênção.
Ou talvez, como diz o outro, ainda haja coisas que devemos guardar para nós próprios. Única e exclusivamente.

Uma foto e uma música


I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see...
And be what I want to be

When I think more than I want to think
Do things I never should do
I drink much more that I ought to drink
Because it brings me back you...

...

Listen to me, why is everything so hazy?
Isnt that she, or am I just going crazy, dear?

Lilac wine, I feel unready for my love...

«Esta noite as ruas são nossas»

Richard Hawley - Tonight the streets are ours



Nas noites de Verão.

Das "crises existencialistas"

Quantos seres distantes e distintos em variadas mansões do Universo estão a contemplar a mesma estrela neste preciso momento! A natureza e a vida humana são tão diversas como as nossas inúmeras constituições.
Quem saberá que perspectiva oferece a vida ao outro? Poderia haver milagre maior do que podermos ver através dos olhos de outrem por instantes?
Deveríamos viver em todas as épocas do mundo numa hora. Melhor, em todos os mundos das épocas! História, Poesia, Mitologia!
Não conheço leitura da experiência de outro tão surpreendente e instrutiva como esta certamente seria.

Walden- Onde vivi e porque vivi, Henry David Thoreau

terça-feira, 7 de julho de 2009

«O "monstro" precisa de amigos»

Ornatos Violeta - Capitão romance



Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim nao toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi, mas não agarrei
Eu vi, mas não agarrei

...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Deep blue memories

Um vídeo que retrata bem os Verões da minha infância.
E arrisco eu, de outras tantas.
(sei pelo menos de "uns bons 5 dedos" delas, talvez).


Dos cheiros, do cansaço feliz que só os olhos (nos) sabem carregar, da sensação única de pisar o chão de um terraço solarengo, tudo isto em pleno calor sufocante do Verão passado no interior.
Creio até que as saudades- foram elas as primeiras a aprender a nadar. Espertas, trataram-se bem.
E tudo mais vindo a num simples mergulho em águas que outrora pareciam tão fundas.
Na leviandade de umas férias de Verão, de uma infância, de um sopro de vento quente, na ligeireza de um assobio.
É isso mesmo: inesquecível.

Por aí

O mundo é um livro e quem não viaja arrisca-se a conhecer uma só página.

sábado, 20 de junho de 2009

Uma imagem e uma música

(imagem retirada da net)

É, eu não vou...

...vou antes ficar a ver a novela sossegadinho.
(gosto pouco de confusões e parece que no dia a seguir há banco...)

Jens Lekman, 17 Julho 2009, Salão Brazil, Coimbra
(isto escrito com orgulho!)



Dizem que vai meter meninas indie de franja, dancinhas em bicos de pés, finos e sorrisos.
Coisa pouca, portanto.

No brain, no pain.

The world´s best academical lectures:
http://academicearth.org

Shelly Kagan - Philosophy of life and death

Pelas noites...



How I love to fly a kite
In the middle of the night
Dear god, make me a bird
So I can fly away,
And finally the ghost
Sleeps in it's grave


Gregory Page, The ghost with sad eyes

«Saturday sun came without warning, so no-one knew what to do...»

(imagem retirada da net)

Saturday Sun, Nick Drake

%$#"&%# !!!

A propósito da espetacular agenda de filmes nos cinemas de Coimbra...

E que tal uma sala de cinema alternativo ali no nostálgico Cine-teatro Avenida?

(o candidato à autarquia que o fizer corre o sério risco de levar o meu voto...
...em todo o caso, pondero o voto em branco...)

Reentreé 3

"Na reabertura, a música é por conta da casa", disse ele.

Ainda em jeito baladeiro.
Diz que há dias em que um gajo não dislumbra o sol.
Para a cegueira UV então.


Reentreé 2

"Na reabertura, a música é por conta da casa", disse ele.

E eis que faz uso do "All mixed up", na voz de Mark Kozelek, versão dos dos Red House Painters do hit dos The Cars...
...e o videoclip, depois de gramar aquela "publicidadezinha", delicious...


Crime, disse ela

Ser cosmopolita no significa ser indiferente a um pais y ser sensible a outros, no. Significa la generosa ambicion d querer ser sensibles a todos los paises y todas las épocas, el deseo de eternidad, el deseo de haber sido muchos.

Jorge Luís Borges, CCCB- Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona

Via sms.

Meio limão, um limão, três limuoões...

If life gives you lemons, make lemonade.

E acrescenta-se: e se ainda assim a vida te trouxer azia, dá-lhe no Eno.

Reentreé 1

"Na reabertura, a música é pela conta da casa", disse ele.


Manic Street Preachers - Jackie Collins Existencial Question Time

Aviso à navegação

Seguem-se então uns tantos posts de enxurrada.
À boa maneira do cuidadoso e premeditado bloguer tuga.
Agradeço que abram o chapéu de chuva (ou de sol, vá).

Sobre pressão não consigo

Só para que se saiba.
E nem vale a pena virem com estas tretas, ok?
[ok, Paula? :)...]


Quando o suplício de escrever por escrever se apresenta nestes moldes à minha pessoa, a extrapolação do mesmo para os meus fieis leitores (bem...talvez fieis não seja o melhor termo, ou não fosse a "promiscuidade blogueira" em que vos julgo metidos) é no mínimo, assustadora.
Tenho-vos pois, em muito boas vidas e saúdes.

sábado, 25 de abril de 2009

Coisas que o vento me trouxe

E deixou para o arrastado degustar do fim de semana.
Das tais coisas que deliciosa e docemente não me levam a lado nenhum.
Simplesmente (!?), flutua e faz flutuar.
E ainda bem.

(KO)isas sem sentido (19)

Desconfio que a torneira da minha casa de banho sofra de fenómenos de freezing parkinsónico.
Ou é isso ou estarei a ficar louco.

(KO)isas (com) sentido (20)

A primeira palavra, repetida infantilmente, pela Dª Maria, uma doente que sofreu um AVC hemorrágico extenso, e até ontem e há já cerca de 2 semanas com uma afasia global
(para que se perceba- incapaz de verbalizar, incapaz de compreender o que se lhe diz):
Mãe.
Ou melhor: Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, Mãe...

E hoje de novo. E amanhã talvez também.
(E até quando ou porquê?)

E depois o parar para pensar: talvez a primeira palavra que todos nós aprendemos a dizer e o caricato de ser também a "primeira" que se reaprende naturalmente um dia mais tarde.
E da Mãe que outrora a embalou nem vê-la.
O que lhe ficou?
E a palavra? O que dela é a palavra? Ou quanto lhe pertence por direito designativo?

Não sei o que resta quando as pessoas ou as coisas se vão, sequer o que fica quando deixamos de conseguir pôr em prática a mera representação simbólica que ao longo dos tempos fomos aperfeiçoando para as denominar.

Mas quando delas nada fica nem símbolos, pois o que fica então?

Muito menos pouco percebo do que um dia as uniu, as desune e volta a reunir um dia mais tarde.


E assim por uns tantos minutos, parado, bati mal. Mesmo mal.
Mas lá segui em frente e, no ridículo e longínquo horizonte apaziguador, encontrei um todo que não passa de uma falsa representação de nada. Absolutamente nada.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma imagem: "à noite"

Automat, Edward Hopper (1927)

Isto é com´ós os champôs...

...2 em 1.
Noite fora, só viola, uma só marca: Nick Drake, Bryter Layter (1970).

Nick Drake - Bryter Layter


Nick Drake - Sunday


PS: De nada (perdoem-me a presunção).
Sempre às ordens.

sábado, 18 de abril de 2009

(KO)isas (com) sentido (19)

Há cidades meditativas e cidades levianas.

in A voz subterrânea, Fiódor Dostoiévski

Enjoy the silence

1. **Sexta, 17 de Abril de 2009, Fábrica de Braço de Prata**

Nota a rever: Nicole Eitner.
Apontado em jeito de escrita moleskine, caneta de trazer na mala, topo de página, sublinhado 3 vezes, bolso.

Por trás da porta, já na recta final, o convite do silêncio (Enjoy the Silence dos Depeche Mode) escondia em si a imensidão da Melodia. E não há em como nos enganar quando o silêncio dá assim na mais pura e doce Melodia.
Raios, ainda trago aquela maravilhosa cover comigo, aqui meio colada ao cortéx temporal direito de quem quase roça no hipocampo.
Still processing your request.

O ambiente da Fábrica: indescritível. Talvez (talvez não...porra, de certeza!) o mais aproximado que conheço do País das Maravilhas, verdadeira fábula infantil em versão adulta.
E às páginas (e notas) tantas, ponho-me a pensar que aquilo não pode ser em lugar nenhum: não é na minha Coimbra (infelizmente), nem em Lisboa o é (absoluta negação). É ali e dali vai connosco para todo o lado.


2.

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl

Enjoy the silence...


##Sábado, 18 de Abril, Fnac VG##

sábado, 11 de abril de 2009

A ressurreição do Senhor

...Patrick Watson (& The Wooden Arms)
(é ao que parece o nome dos seus novos apóstolos)

Patrick Watson & The Wooden Arms - Wooden Arms (2009)

Que se lixem as âmendoas, que se lixe o Benfica e o banco de amanhã, que a Páscoa- como o Natal e tantas coisas mais- é quando um gajo quiser.
Venha a nós o Senhor então que agora só dá ISTO.

Boa Páscoa.

Uma imagem e uma frase


«One must have chaos in oneself in order to give birth to a dancing star».

Friedrich W. Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Insight stroke




Jill Bolte Taylor, neurocientista, contou em Março de 2008, numa das palestras promovidas pela TED:Talks e cujo lema é "Ideas worth spreading", a sua experiência após ter sofrido um AVC hemorrágico em 1996.

Movimento, percepção, emoção, fé, linguagem, está lá tudo empacotado.
E mais que tudo isso, o extraordinário "insight vision" e porque não, como bem demonstra este caso, os ainda enigmáticos limites da plasticidade cerebral.
18 minutos que valem bem a pena.