terça-feira, 2 de setembro de 2008

Demais

Só há pouco tempo é que dei uma hipótese aos Contemporâneos da RTP1.

Nunca vi, continuo a não ver (nem sei se ainda dá) nem tanto por falta de tempo mas sim porque os Gato Fedorento- para manter o mito dos Gato Fedorento- têm de ser insubstituíveis (pelo menos durante uns tempos). E por isso mesmo, julgo ser um erro substituir (ainda que não seja esse o objectivo primordial, dizem) os Gato seja por quem for já. Senão vejamos: o João Pinto também não foi substituído pelo Simão no Benfica do dia para a noite. Demorou o seu pedaço.

Por mais brilhante que seja o formato (nem sei se é o caso), a resistência é inevitável. É a doce tragédia que nos corre nas veias (diz quem lá esteve desde tempos remotos). A saudadinha que é lixada. Custa-nos a esquecer seja o que for, sobretudo se foi bom, muito bom. E por isso, andamos a lamentar a falta e a carpir uns 3472456 dias. E pouco ou mais nada fazemos ou vemos entretanto.

Domingo à noite, também não ajuda lá muito. É verdade.
E um ou outro sketch que vi e que não achei fabuloso, estragou tudo. Rótulo instantâneo: bom mas não é fora de série (e nisto tem de ser mesmo fora de série).
A "cena" do humor é talvez essa: tem de nos apanhar no momento exacto x, bater de frente com a nossa disposição sentimental y, contorná-la, "torcê-la e distorcê-la" (assim como quem enxuga uma t-shirt ensopada) e ressuscitar de nós o sorriso interminável acerca do mais estúpido ou mundano dos assuntos z. Para não falar de outras variáveis. Resumindo: uma autêntica ciência, digna de equações de resolver apenas com recurso à calculadora ciéntífica da Texas Instruments, último modelo.
Mas quando resulta parece a "cena" mais simples do mundo.

Pois bem: com isto...bem, com isto, delirei.
Lá está: simples, bem apanhado e "tá lá tudo" (porque até nem há muito para lá estar).
Ao nível do Gato.
Uns bons minutos de riso.

Será que ainda se lembram de um programa que dava na Sic com os jogadores da Selecção e o seu louco dia-a-dia?
Então vejam por amor de Deus isto.
Deixo para mim um dos melhores:

Contemporâneos - Os inacreditáveis (Ricardo Quaresma)


E mais: Cristiano Ronaldo e Ricardo (sim, inclui gozo integral com a voz do pobre coitado).

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