sexta-feira, 30 de maio de 2008

Até que a vista nos doa (7)

Aline Morais

O regresso. Ou pensavam que me esquecia desta rúbrica?

Não tenho paciência para novelas. Se a tive, a par da capacidade para jogos de cartas (hmm...espera-me uma reforma solitária, estou a ver), esvaiu-se-me rápida e sorrateiramente. Talvez, algures nos meus confins telencefálicos, o pequeno espaço contemplado à ficção continuada (vulgo novelas) seja re-du-zi-di-ssí-mo (vá, vamos- isto na melhor das hipóteses- apontar aí para umas 10 histórias simultâneas de volume generoso de bagageira). A partir desta marca, faço curto-circuito e confundo personagens, nomes, constrúo pares românticos inéditos. Em contrapartida (a Natureza é justa ainda tenho para mim), julgo ter outras áreas hipertrofiadas ou não fosse eu, por exemplo, "menino" para ir esparançosamente incorporando (entre outras coisas) o nome de 1 marroquino, 2 hondurenhos (confesso que fiquei com dúvidas entre hondurenho e honduranho) e 3 nabimianos por ano, que se dizem ser, no início de cada temporada, os craques que (e por falar nisso, este ano sim, é que é!) vão finalmente levar o meu Benfica rumo ao título (e falo mesmo do europeu, claro). Ainda que, na maior parte das vezes, passados 3 mesitos não passem de uns perfeitos desconhecidos ou, caso a situação atinja proporções escandalosas, se assumam como vedetas nº1 do gozo público nacional (e como tal, sobretudo, dos amiguinhos/família/conhecidos que ainda vou tendo do "FCPiê" e "Sporte"). É tudo uma mera questão de gestão de stock, diria.

Enfim retomando as novelas, se lhes tomar alguma atenção (falo da atenção na história, claro), ao fim de poucos episodios é uma salganhada total. Se falarmos então das portuguesas, creio que o problema atinge dimensões quase sugestivas de um problema demencial (tudo isto devido à extraordinária repetição dos nossos actores de novela para novela).

Resta-me então olhar para o ecrã e decorar umas tantas caras que valem a pena.
Como esta, de seu nome (e pelo que me foi sabiamente transmitido): Aline Morais.

Cá para nós (esta é, de facto, uma private joke): não será esta senhora a dona de uma falangeta do 2ºdedo da mão direita tão pesada capaz de nos despertar do sono, qualquer coisa como às 6h45? Who knows...? é que julgo que a menina Cat, por mais que quisesse e tentasse, não daria com o sítio, ou não fosse ela desorientada por Natureza. Já esta Aline, dizem que foi boa aluna a Geografia e que até faz "multi-caches" nos tempos livres com o seu GPS.

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