domingo, 16 de março de 2008

Elementar meu caro Watson!

Concerto de Patrick Watson, Aula Magna, 13 de Março 2008.

Posso morrer sem ver Jeff Buckley ao vivo. Quanto a isso, já me resignei. E pior ainda: sempre me custou e cada vez mais me custa acreditar na ideia de vida além da morte, muito menos em concertos póstumos. O que, para o caso, também não ajuda mesmo nada.
Felizmente já senti qualquer coisa do que seria ver "The Mistery White Boy" ao vivo. No ano passado com Andrew Bird e este ano com Patrick Watson.

Qualquer semelhança é, antes de tudo, uma mera heresia do acaso e porque não, uma benção para fãs. Não existem 2 pessoas iguais (é certo) mas, felizmente, vão havendo por aí uns gajos com algumas coisas parecidas.

...na falta de scanner para digitalizar o bilhete
(essa manhosa estratégia de fazer inveja a terceiros na blogosfera...),
aqui vão as snapshots do meu lugarzinho (bastante bem situado):




Os momentos altos da noite (a meu ver):

- A escapadela do Patrick piano fora
(creio que não terá havido ninguém naquela sala que não se tenha arrepiado...)



- A jam session ao sabor de Man under the sea:
(momento registado na 3ªfoto)
Aqui para os curiosos.

- O pedido da nação benfiquista para improvisação de uma música intitulada "Vivó Benfica", uns tantos what´s de Patrick e a consequente risota geral. (Na falta de motivos desportivos para sorrir, resta-nos o prazer de uma bela canção...e aquele hino dos HUF até que já cansa...se é que não cansou sempre...)

Resumindo: temos homem (bom músico, simpático, criativo) e temos banda.
Patrick Watson é daqueles artistas que nos faz acreditar que fazer música é incrivelmente fácil. Assim fosse.
Elementar meu caro Watson!


P.S:
1. PW merecia bem mais do que meia casa. Será que a malta anda desantenta ou terá sido por mero acaso que PW ganhou o Polaris Prize a artistas como The Arcade Fire ou Feist? Hmmm, não me parece...
2. A acústica/sistema de som da Aula Magna (apesar da sobriedade e imponência da sala) a meu ver, em nada fica atrás do TAGV em Coimbra (que por sua vez em nada fica atrás da Magna, em termos de beleza). Por isso, pergunto-me: depois de Andrew Bird, para quando um destes songwriters por palcos conimbricenses? E até que Bird tinha a sala bem mais composta em Coimbra...

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