sábado, 27 de dezembro de 2008
"Early morning" (à la abrupte) jazzs
Queres tu lá ver que vem na mega-colectânea "Vocal Jazz", 60 músiquinhas por 19 euros?
É, é gajo para isso, sim senhor.
Isto e muito mais.
Diz que faz muito mal aos ouvidos e ao que está entre eles.
Sara Lazarus - Morning
«Penso nos anos como este que não existem para mim»
Sabem aquela estranha sensação de podermos ter vivido o melhor ano da nossa vida?
E a cidade. A cidade que não é de ninguém mas de todos, património comum. A cidade que é sim de quem lhe dá o devido valor, de quem fica e porque não (?) de quem a ela volta.
Os Dr. que ainda mal o são, de aspecto imberbe e de dúvidas patentes no tremelique das vozes, no nistagmo nervoso do olhar. Os medos. Os bips, os plocks, os sons esquisitos, mais os alarmes e traçados ECG dos monitores (que houve alturas em que me apeteceu mandar tudo para o caraças!!!). As poucas certezas que se vão ganhando progressivamente. Mais os tiques, os maneirismos.
As macas empoleiradas, as noites de banco sem dormir, os cafés às 4 da manhã (quase que vale a pena ficar acordado para os saborear), os "ais" e o "uis" dos mais variados timbres e tons. As piadas sobre a vida e a morte, elogio último da primeira.
Os novos amigos, os companheiros (de casa e já de sempre- obrigado, das salas de trabalho, de turno de banco, de almoço, de cacifo). Os novos fascínios, as novas admirações. "Ele é sempre assim", dizem. Os novos mestres. Os que por mais que "tentassem", nunca o chegariam a ser. E os que, às vezes por 5 minutos apenas, se tornaram em tal para sempre.
Isto tudo e mais os doentes (os verdadeiramente doentes), ali e em qualquer outra parte, ainda a razão primordial.


Entre:linhas (mais)
Ainda assim, e por marcar este preciso momento, a que escolhi para pôr aqui.
Santa Maria
Entre:linhas
in A rapariga das laranjas, Jostein Gaarder
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Cenas que perduram (6)
(quantos são mesmo, 4 ou 5?)
Como gosto da vertente existencialista da coisa, visualizo estantes e imagino-me a enchê-las. É quase como que decoração de interiores. Sim, é isso. Hmmm...
A propósito, há uns dias, numa conversa com amigos, circunstâncias que vida nos tem "imposto", o critério de escolha de local para viver: consensual, ter uma Fnac. Não estarei a exagerar se disser que chegaria a equacionar morar em Favaios, se Favaios tivesse Fnac. Inclusivamente, até se desculparia a mítica e ligeira falta de articulação INEM-Bombeiros daquela localidade. Nem muito menos (para que não haja bocas foleiras e porque só agora me lembrei disso) pesaria a favor o mítico favaíto.]
Voltando ao assunto. Ok, amanhã: este que me foi emprestado mas, se tudo correr bem, também já terei um exemplar.
Epá...como se diz, mesmo? ahhh, obrigado.
E isto, bem isto...isto (quais iogurtes...), isto é puuuuuuuraaaaa delíciiiiaaaaa:
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
«Now, that´s what I call Christmas»
That saved a wretch like me!
I once was lost but know I´m found,
Was blind but now I see
It was grace that taught my heart to fear,
And grace my fears relieved
How precious did that grace appear
The hour I first believed!
Ruas fora, noite dentro, ao som de Sufjan Stevens.
Ainda há motivos para acreditar no Pai Natal, seja lá o que isso for.
sábado, 20 de dezembro de 2008
(KO)isas (com) sentido (16)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Entre: linhas
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Cold December
All the birds are heading down south
but you're staying up north you say
Always.
Matt Costa - Cold December
(KO)isas (com) sentido (15)
Dolores Ribeiro, mãe de Cristiano Ronaldo, Correio da Manhã, 08.12.2008
Acrescento:
1. Por trás de um grande (?!) homem, está sempre uma grande mulher.
(Ou pelo menos, uma sábia mulher.)
2. O amor de mãe (e a sua sinceridade) é mais forte que uma casa.
(KO)isas sem sentido (9)
domingo, 14 de dezembro de 2008
Até que a vista nos doa (15)
Sem olhar a meios.
As últimas convidadas por Lx.
Primeiro, as loiras: a "monstra" sagrada Charlize.
E também ela a fazer recordar o tempo que nunca pára...grrr.
E perto do terminus, Ele disse:
Liquidação total, produtos de luxo à solta pelos cantos, empilhados como roupa à moda da Zara, fogo de artíficio incluído.
Raios. Onde estava mesmo o "botãozinho" do slow motion ?
(KO)isas (com) sentido (14)
É que há merdas que são toleráveis: vícios estranhos, hábitos ainda mais, mentiras, ver as telenovelas da TVi, clubites, falar com a boca cheia, choques ideológicos. Mau cheiro até.
Aqui fica então para os Meus.
The Smiths - The boy with the thorn in his side
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Ainda os "casos notáveis"
E saber que não tenho de pagar 18,90 ou quaquer coisa assim mais 90 cêntimos (só para me venderam a ilusão que não custam mais 1 euro do que a casa das unidades marca). Nem muito menos tenho dislumbramentos com descontos de 10% sobre o preço do editor. Obrigado, mas não preciso. Na net há à borla.
Aliás, este blog, dúvido sequer que passasse pelos editores por aí. Eu confesso, volta e meia sou assíduo. Tudo, as mil e uma ofensas ao Cláudio Ramos também. No meio daquelas "patacoadas", sei que há qualquer coisa de brilhante, juvenal e totalmente anormal.
Tenho dito.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
(KO)isas (com) sentido (13)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
«Il faut que jeunesse se passe»
domingo, 7 de dezembro de 2008
Serotonin killers
E o estranho é que, logo hoje, em que o Benfica espetou 6 e não ganhava por tantos já lá vão muitos aninhos. Nem isso me chegou. Ainda pensei "embuchar" 3 kgs de chocolate de avelãs mas não achei razoável (nem muito menos dispunha de tal manjar em casa).
Eis que senão surge o anestésico ideal: lembrei-me que amanhã, vulgo "feriadinho" para o comum dos mortais e 2º fim-de-semana prolongado (no meu caso nem os cheirei...), estou de "banking" das 8-20h.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
(KO)isas (com) sentido (12)
Dizem que com a chuva vem a libertação
Céu cinzento, chuva miudinha mas persistente, capaz de molhar bem a malta desprevenida ou vagarosa.
Sou interpelado por um tipo negro (aliás, sou interpelado por um sorriso do tamanho das casas de um tipo negro) a trabalhar sorridente nas obras do parque de estacionamento.
Assim:
Ele: Ó chefe!
Eu: ?!
Ele: Se eu fosse o Cristiano Ronaldo andava à chuva? (sorriso)
Eu: Como?!
Ele: (sorriso) Se eu fosse o Cristiano Ronaldo andava à chuva? (sorriso)
Eu: ?!
Ele: (sorriso)
(sorriso) Não, acho que não [agora que penso nisso].
(KO)isas (com) sentido (11)
domingo, 30 de novembro de 2008
(KO)isas sem sentido (8)
Mas o que vem a ser aquilo? Como? O quê?? Onde? Para quem? Doidinhos...
Comédia de época...só pode ser. É que, de ano para ano, estão cada vez melhores. Os meus sinceros parabéns.
sábado, 29 de novembro de 2008
E mais isto...
O Silent Void do David Fonseca recordado para a eternidade, ao vivo no Coliseu (sei de gente que esteve por lá).
E ainda assim, falta-lhe um "pedacinho" para ser o retrato fiel do que foi.
David Fonseca - Silent Void (Live in Coliseu dos Recreios 12.04.08)
The boy with the thorn in his side
Relembrado no outro dia ao chegar a casa, na Radar.
Um original dos The Smiths, na voz de Scott Matthews. "Ná-palavras".
Scott Matthews - The boy with the thorn in his side
The boy with the thorn in his side
Behind the hatred there lies
A murderous desire for love
How can they look into my eyes
And still they don't believe me
How can they hear me say those words
And still they don't believe me
And if they don't believe me now
Will they ever believe me?
And if they don't believe me now
Will they ever will they ever believe me?
The boy with the thorn in his side
Behind the hatred there lies
A plundering desire for love
How can they see the love in our eyes
And still they don't believe us
And after all this time
They don't want to believe us
And if they don't believe us now
Will they ever believe us?
And when you want to Live
How do you start?
Where do you go?
Who do you need to know?
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
A parte pelo todo
Esboço argumentos de possíveis escolhas em plena viagem. Ideias que surgem, em papel-cartão, contra-capa e sujo, empoleiradas nas margens. Gosto de preencher os espaços assim: prender as preciosidades em cantos de página. Talvez assim me oriente melhor, não fujam da mente, não sei. Correndo os poucos anos de experiência (ao fim de quantos anos se pode falar em experiência?), mas de sinceridade e entrega própria total, à velocidade vertiginosa que transporta os objectos lá fora para trás. Se olhar pela janela, tem momentos em que face à torrente vertiginosa de pensamentos, enjoo. Qual efeito Doppler, ideias vão, ideias vêm, e às vezes apetece-me desistir, pedir um mapa genómico, consultar uma cartomante e descobrir afinal para que fui eu feito.
2.
Ambiente caseiro. "Sentem-se aí, quero que ouçam isto". As palavras e a concordância de quem me quer melhor. Sei-vos bem.
Os teus olhos, quando sabes que decido com gosto mas com a razão, dizem tudo. Ou melhor, espelham mundos de forças inquebráveis. Meus e teus, só. Acho que ninguém mais os descobriu até hoje, inclusive. E sinto-tos tal e qual os meus quando me cativam com esse estúpido elixir que é a lógica apaixonada das coisas (existirão lógicas apaixonadas?...).
3.
"Já decidiste Luís?"
"Sim, já decidi". 2 ou 3 clicks depois, 2 páginas imprimidas e 2 assinaturas, um trocar de "parabéns" e um "obrigado por tudo" trancado por um sorriso mútuo. O meu: daqueles de quem não sabe bem para o que vai mas vai e vai com vontade. Como sempre fui sempre que me apeteceu fazer algo, como agora. Simplesmente, fui. A vida é feita de desafios, sem eles somos nada, penso.
4.
"Sabes, e não é que por cá está aquele frio?" :)
Talvez as vidas se definam mesmo em míseros instantes e nós aqui, mergulhados em utopias de tempos para tudo.
Num momento nascemos, num momento começamos a falar, a cantar, num momento sorrimos e noutro fazemos sorrir. Fazemos amigos e num momento afastamo-nos para sempre de outros, sem que saibamos sequer porquê. Num momento apaixonamo-nos. E num instante decidimos o que fazer para o resto da vida, assim. Num momento, o nosso clube é campeão mas noutro ainda perdemos tudo, taça e campeonato. Num momento somos tios, pais, avós, os maiores e os piores. Até que então, num momento exacto x, pelo processo fisiopatológico y (as palavras técnicas soam tão mal às vezes...) adoecemos e mais tarde num último instante morremos. É sempre assim. Tudo simples momentos.
5.
Amigos, a felicidade na voz dos outros que nos conhecem. Mesmo. A felicidade de quem é jovem: "porra", a felicidade de quem é jovem e tem um futuro de projectos pela frente é das melhores coisas do mundo.
A realidade do que parecia ser o sonho de sempre. A percepção da realidade. A realidade é uma merda, às vezes mete nojo mesmo. Asco. Capaz de nos levar a criar rancores para toda a eternidade. Isso não, isso não quero. Em jeito de troca de confidências: assistimos ao fim e ao assassínio das coisas mais belas e genuínas, aquilo que sei unir a alguns de nós. Aquilo que nos uniu. Ainda assim buscamos alternativas (ou não) mas seguimos em frente sempre.
O reconhecimento. "Obrigado por tudo. A medicina, seja qual for a especialidade é só uma." Sem dúvida.
sábado, 22 de novembro de 2008
Crónica de uma morte anunciada
Momentos em que o silêncio e a sobriedade de um exame técnico, de uma auscultação ganham uma dignidade indescritível. Em 3 anos como aluno e noutras tantas vezes como interno agora, nunca lhe senti tanta força, certeza e firmeza no gesto. E o silêncio, e o vazio, aquele vazio interior que nos faz parecer que o esófago e a traqueia são um tubo oco que mais parece uma anilha. (Se a visse na rua a despedir-se de alguém, sentir-me-ia assim? Acho que não...)
"Midríase fixa, ausência de resposta à estimulação dolorosa, silêncio à auscultação, assistolia no traçado electrocardiográfico". Tudo isto em meia dúzia de explicações, assim, ali (como eu gostaria de poder vir a ser lição para alguém assim, e a propósito, o meu muito obrigado.). Inevitavelmente, a memória da lição para a vida que a minha avó me deu no dia em que também ela me disse adeus assim, doce e serenamente.
"Está verificado". E pé-ante-pé, antes do vaivém do corredor, olhar para trás uma última vez (acho que não consegui evitá-lo...). A cor: um verde (a graça da esperança...) quase florescente que revelava de caras um dos males de que padecia: fígado.
E hoje a notícia mais que anunciada chegou-nos assim como quem nem precisa de tocar à porta antes de o dizer. Pressente-se a passagem. De tal forma, que o mundo lá fora nem sequer "topou".
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Hoje e sempre
Todos juntos.
Nós e as nossas músicas.
Tiago e Bettencourt e Mantha - Pó de Arroz (Carlos Paião)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
(KO)isas (com) sentido (10)

Eu: ...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Desabafo d´aqui 3
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Óbame!
No dia em que, quer queiramos quer não, todos nós somos americanos.
Diz que Wilco é a banda favorita do senhor.
Got a box full of votes!, talvez seja o mais adequado.
Wilco - Got a box full of letters
Entre : linhas
in a A Morte de Ivan Ilitch, Lev Tolstoi
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Snapshots
Sem comentários (5) (se tal for possível...)
1. Ora, se a contagem não me engana, já revi este lance umas 373 vezes.
2. Maradona: "Pablo Aimar é o único jogador actual que eu pagava para ver".
3. Pois então, para mim, o Benfica é daqueles clubes que tem forçosamente de ter um jogador do tipo Aimar.
sábado, 1 de novembro de 2008
"Early morning" (à la abrupte) sounds
Fistful of love.
I was lying in my bed last night
Staring at a ceiling full of stars
When it suddenly hit me
I just have to let you know how I feel...
Antony and the Johnsons - Fistful of love
Cinema (por e fora de casa)

Gomorra, Matteo Garrone (2008)
Na falta de actualização da vasta série cinéfila: em casa e fora.
Entre outros, dos que me recordo:
- Por casa: Niceland, Cinema Paraíso, Uma noite na Terra, O meu irmãó é filho único(again...).
- Fora: Tropa de Elite, O segredo de um cuscuz, Bienvenue chez les Ch´tis.
Faça-se o salto, carregue-se no reset e inicie-se nova contagem.
A ver se não me falha de agora em diante então.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Celebrando o Halloween

Jeff Buckley - Wicthes´ Rave
(não perdendo a hipótese de meter a colherada dos mestres...sempre)
It sounds just like a scream. I don't know what you mean
Your witchcraft's all around me in your ragged pagan scene
You tell me all the ways around my garden that you like
I float just like a bubble heading for a spike
All is well between the breasts of passenger and slave
We'll never make it out alive to join the witches' rave
You'd like to see him suffer for you fantasy and thrill
He fell sick while we made love, he's out there, somewhere,still
Oh, I feel the spell that you have cast,
Hot, pink, nasty bubble gum, coming down just like a big redcoal
ooooooo. oooooooo
I can't help from looking outside for a guarantee
I can't help from looking outside for a guarantee
Hey! I try to keep all hidden when you come around
Oh, no! the sight of broomsticks sliding on the ground
You're levitating something,? cause i feel so collectible
We're all lying natural,
He's watching from a window up above i see he loves you,
I'll bring you closer
Something in my fate says it's not right for me
Tell me, am i cursed or am i blessed?
I can't tell, oh yes!?
Cause all is well between the breasts of passenger and slave
I'll never make it out alive to join the witches' rave
oooooooooo. ooooooooooooo
I can't help from looking outside for a guarantee
for a guarantee
(KO)isas (com) sentido (9): Infradesnivelamento de ST
Em termos mundanos, traduz a loucura que senti veias fora quando dei por mim a conduzir, em plena avenida lisboeta, hora de ponta, sem semáforos a funcionar.
Esqueçam aquela cena das prioridades à direita (quando a direita vem de todos os lados...) e o código dá mesmo um bom calço para mesas mancas nestas situações. Juro que ainda me lembrei dele uns segundos. Depois...bem depois veio-me logo à cabeça a imagem do Mowgli, do mítico Livro da Selva, esse clássico infantil. E até acho que foi só isso que me acalmou.
A selva urbana não é um mito de facto. Comprovei-o. E aquela máxima do "salve-se quem puder" não podia ser mais verdade.
Só para que se saiba: safei-me. Em pouco mais de 30 segundos. E o carro também. IMPECs.
sábado, 25 de outubro de 2008
Jesus Lord!!
Fleet Foxes, Fleet Foxes.
Fleet Foxes - He doesn´t know why
(KO)isas (com) sentido (8)
Chegadas e partidas.
Desencontros e encontros.
Saudade, ansiedade, euforia, tristeza, cansaço, desespero, admiração, raiva.
Gente de todo o mundo e de todas as formas.
Um sentido.
Atrasos e esperas.
Rebuliço e calmaria.
Tudo isto num continuum, sempre aberto, gente vem, gente vai, nada pára e tudo se transforma.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Os Magalhães, o melhor humor nacional
Humor de alta craveira este que se faz com professores hoje em dia. Pena que não seja aberto ao público.
Arruma Gato Fedorento e Contemporâneos num cantinho mesmo. E Magalhães, bem vista a coisa, até que é um nome divertido, bem-disposto. (Ma-ga-lhães! pode-se até dizer em crescendo e tudo...espetáculo!)
Deixo-vos 2 sketchs (humorísticos porque desculpem lá, não há outro nome para isto).
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Cenas que perduram (4)
(com aqueles tamborzinhos à mistura, claro).
Eyes wide shut, Stanley Kubrick (1999)
Cult Leader: [Pleasantly] Please, step forwards. May I have the password?
Dr. Bill Harford: Fidelio.
Cult Leader: That's correct, sir! That is the password- for admittance. But may I ask, what is the password- for the house?
Dr. Bill Harford: The password for the house..
Cult Leader: Yes?
Dr. Bill Harford: I...seem to...have forgotten it.
Cult Leader: That's unfortuante! Because here, it makes no difference- whether you have forgotten it- or whether you never knew it. You will kindly remove your mask.
[Bill removes mask. Cult leader continues in a pleasant tone]
Cult Leader: Now, get undressed.
Dr. Bill Harford: [nervously] Get...undressed?
Cult Leader: [sternly] Remove your clothes.
Dr. Bill Harford: Uh.....gentlemen..
Cult Leader: Remove your clothes. Or would you like us to do it for you?
Até que a vista nos doa (13)
P.S: No regresso da cor a esta rubrica, a "sugestão" foi da "mana" há uns dias atrás.
Joan as Police Woman
"Valha-me Nosso Senhor" se eu não sou "rapazinho"- caso os astros estejam nas casinhas correctas por essa altura (que é como quem diz, não haja "banking" lá no hospital)- para me estrear no mui lindo Centro Cultural Olga Cadaval, ali para os lados de Sintra, ao que parece dia 9 de Novembro.
Estou a fazer figas para que haja bilhete ainda. Se estou.
Joan as Police Woman - To be loved
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
«She's elusive»
She's a gambler
Spinning wheels
The poisoned victim
The look of steel
The coldest hearts you've ever felt
The coldest hands you've ever held
Take him down
All away
A million miles
Still know her way
As I learn to live long
In a mind I'm proud to roam
She's elusive
And I'm awake
You're finally real
There's nothing fake
A mystery now
To me and you
Open my eyes
And I'm next to you
She's said my destiny
Lies in the hands that set me free
A wreckless night
She hears me breathe
Curse in the sky
But there's company
Lost her wisdom deep inside
Her bitterness shows inside
If it's true
I am doomed
What more is there
To hold on to
A strand of her hair is all I own
A gift to me with sorry so
...
If something says
That this ain't right
There's more to her
Than meets the eye
Come's and go's at any time
Back in my head till another time
...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Twenty something
Motivos quase suficientes para uma autêntica desilusão ao virar de quarto de século.
Mas dou conta que face aos 18 (a dita maioridade) alguma coisa mudou, é certo. Ainda que os sonhos ainda não dêem sequer para contar pelos 10 dedos das mãos que estendo à minha frente no preciso momento em que pauso a escrita (...pausa...). Ainda bem.
Tal como eles, como se nenhum sonho fosse menos importante por maior ou menor, por mais fácil ou difícil de alcançar. Afinal de contas, todos são o que são: sonhos. A leveza e musicalidade da palavra em si conota toda a sua grandeza. Sonhos. Repitam e reparem. Capazes de flutuar.
E aos 25 (o início da maturidade) perco-me no inevitável balanço do que já alcancei então.
Emprego aparentemente estável (desculpem-me a presunção mas face aos dias de hoje...) e que me estimula (acima de tudo, isto o mais importante), carro próprio (my first, own and yet the only possession), algumas pessoas queridas e pouco mais assim espremidinho, se o tivesse de dizer numa frase só.
Mais.
- Memórias de outros tempos, sim. Do que já foi e volta prazeirosamente às vezes, do que nunca mais volta mas que mesmo assim dá um gozo tremendo recordar. De quem não quis, mas acima de tudo de quem quis mas não pôde ficar. De quem não fui capaz de descobrir lugar e, claro, de quem por cá ainda vai ficando sempre.
Tudo isto, na certeza que o esquecimento é a coisa mais natural que há, mas que a recordação não lhe fica atrás pelo rasgo de espontaneidade que pode conter em si. Li há uns tempos que para esquecer é preciso recordar (ou tê-lo recordado antes). Nada faz mais sentido.
- A simplicidade e naturalidade com que, aqueles que considero terem sido os meus verdadeiros mestres até hoje, me cativaram (nem eles o imaginam...).
- 3 ou 4 receios de vida que ainda mitigo, outros tantos quase-axiomas que me vêm acompanhando.
- Algumas frases escutadas, lidas, faladas, dialogadas, pensadas, muitas delas ecoadas em mim, que me marcaram ou ainda marcam, outras que já não marcam mas que por cá assentaram arraiais. Nem muito menos dão para esquecer ou apagar.
- Uma série de imagens, de instantes, nada contínuo e ainda assim tudo estupidamente interligado, às vezes confuso até. E também por isso talvez tenha dias em que as detesto recordar. Como se, castigo existencial, não me fosse permitido captar nada mais do que simples pedaços aberrantes do que me rodeia para a posteridade. E todo o resto que os unifica se degradasse. Sem que pudesse fazer o que fosse, se entranhasse de bolorosidades precoces e se esfarelasse na brisa mais ténue que possa haver. Naturalmente e só com o simples passar do tempo. E eu assim, meio sem saber para o que venho afinal, ao perder diante de mim o que daria sentido pleno a isto tudo.
- Umas tantas cenas de filmes, que assimilo como se de páginas de um possível roteiro se tratassem (nunca se sabe quando surge a deixa ideal).
- As fotos de vida que nem preciso pendurar.
- Outras tantas músicas que guardo, mas que nem sequer em formato físico ou digital, nem muito menos tomei nota.
Simplesmente, sei-as todas comigo ainda que se me perguntarem pelas mesmas, inevitavelmente me escape alguma. Estou consciente de tal, é óbvio. Mas tenho-as por cá e isso é para mim é-me suficiente.
- Talvez 5 locais (dos poucos em que já estive e vou estando) que nunca irei esquecer. A vontade de lá voltar mas a razão azucrinando-me para outros conhecer antes.
Quase sempre estropiado por uma vontade, também ela já vintã, de conhecer, de partilhar, de ir à descoberta. De partilhar sonhos e medos. De enfrentar o desconhecido. De lhe estender a mão e lhe espremer todo o brilho da sinceridade. De quem não tem nada a perder. Do primeiro impacto de um olhos-nos-olhos. De festejar essa pequena coisa a que chamam cumplicidade. Que nasce assim do pé para a mão (às vezes meio tosca até) para depois crescer robusta vezes sem conta. De brincar aos "sem fins" no gozo que só a certeza que nada é eterno nos pode dar. De quem sabe a "labilidade de malabarista" dessa coisa que é a Vida. Como se a ignorância ou a inconsequência fosse o pior dos nossos pecados (eu próprio, hoje, ainda não o sei).
E no entanto, sempre o tempo (sempre o tempo...) como o mais contínuo que existe. [há uns tempos no blog de uma amiga, quase cruel mas sublimamente escaqueirado (é esta a palavra) em 5 ou 6 palavras só...e eu assim, estarrecido em como ela o apanhou tão bem].
Hoje apaguei 25 velinhas de um sopro único. Para que se saiba só. Não fosse tal motivo mínimo e ridículo de orgulho por agora, que não me falta o fôlego.
Revejo os planos e traço novos objectivos lá para os 30. Até lá. Quem sabe, aí sim, saberei mandar os bitaites referidos. Nem prometo fazer muito por tal. Nada mesmo até. Como se isso- em jeito comum de quem numa vida quase sempre sobrevaloriza futilidades, fosse sequer o mais importante.
sábado, 4 de outubro de 2008
Era mais isto
Com os melhores cumprimentos da casa] :
Deolinda (ao vivo nas Manhãs da Antena 3)
Sem palavras.
Cantar simples e em português afinal é possível. Mas está ao alcance de poucos por certo.
J. M(ar)RAZ(es)
[Nota a posteriori: uma prenda de aniversário bem ao jeito da pessoa que a ofereceu! E quando assim é, uma vez volvidos aquela dúzia e meia de anos e os 3kg de pó sobre a efeméride, de certeza ainda me lembrarei do autor da oferenda. Cheers and may the Lord be with u!!
Well open up your mind
and see like me
open up your plans
and damn you're free ;)]
O ideal para queimar os últimos cartuchos estivais que "pó ano há mais qu´isto é sempre assim, vai e volta".
Lugar comum: inevitável pensar no quão mais fácil é cantar em inglês: quase tudo soa a milímetros de Shakespeare ou E. A. Poe.
"Raios parta" a nossa língua! Há alturas em que só complica, e quando não complica soamos ao mais básico que há (vulgo mestre de obras). Os exemplos são inúmeros e basta pensar nas frases mais emblemáticas (com particular destaque para os diálogos românticos) de alguns filmes.
Atentem um pouco na letra desta canção, na batida (e porque não no vídeo) e imaginem-na cantada no nosso querido dialecto. O mais provável era o artista ser José Marrazes (ex-elemento de uma boysband formada por 4 indivíduos nortenhos, 2 dos quais ex-presidiários) e o título da música: "Sou teu". Duvido sequer que se tornasse hit de Verão.
Numa coisa estamos muito mais à frente que os americanos: descobrimos a nossa música "pimba" muito antes deles. Creio até que esboçámo-la aos primeiros grunhidos arcaicos por cá proferidos. E desconfio mesmo que eles nunca venham a descobri-la (pelo menos tão nitidamente como a malta faz por cá).
Jason Mraz - I´m yours
De papo para o ar
Como imagem, uma remota lembrança de uma casa no tabuleiro do jogo "Paga e Cala" (salvo erro, a que assinalava o Domingo de cada semana) com um um tipo espreguiçado numa daquelas camas de rede, ostentando um ar displicente mas feliz.
É isso: mais ou menos como se fosse "Dominguinho" (mas daqueles sem "banking"!!!) todos os próximos dias.
Podem até chover ancinhos que os dias que aí se avizinham são de puro descanso e meditação. Ora pois.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Até que a vista nos doa (12)
in Inventar a Solidão, Paul Auster
Ando deliciado com as suas criações. Todas as que conheço até à data.

(KO)isas sem sentido (7)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Starb(l)ucks!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Mais sobre a solidão: o elogio
Then why are you on your own tonight?
And if you're so clever
Then why are you on your own tonight?
If you're so very entertaining
Then why are you on your own tonight?
If you're so very good-looking
Why do you sleep alone tonight?
I know...
Because tonight is just like any other night.
I know it´s over, The Smiths
(hoje pela noite dentro na voz do mestre Jeff Buckley)
Entre : linhas
À esquerda, impossível de passar despercebida a qualquer leitor, preto e branco, com um jardim ao fundo, um retrato bem à moda antiga de uma qualquer família ocidental. Não faltam os vestidinhos lindos, os sorrisos, olhares e poses ensaidas de véspera para o mítico dia da visita do fotógrafo.
À direita, começa assim:

Um dia há vida. Um homem, por exemplo, de perfeita saúde, nem sequer velho, nenhuma história de doenças. Tudo está como sempre esteve, como sempre estará. Ele passa de um dia a outro, não se ocupa de outra coisa senão dos seus assuntos, sonha apenas com a vida que tem à sua frente. E então, de súbito, acontece que há morte.
Um homem solta um pequeno suspiro, afunda-se na sua cadeira, e é a morte. O carácter súbito desse facto não deixa o menor espaço ao pensamento, não dá à mente a menor hipótese de procurar uma palavra capaz de a confortar. A única coisa com que ficamos é a morte, o irredutível facto da nossa própria mortalidade. A morte depois de uma longa doença, podemos aceitá-la com resignação. Mesmo a morte acidental, podemos imputá-la ao destino. Porém, o facto de um homem morrer sem nenhuma causa evidente, o facto de um homem morrer simplesmente porque é um homem, deixa-nos tão perto da invisível fronteira entre vida e morte que não sabemos de que lado estamos. A vida converte-se em morte e é como se esta morte sempre tivesse sido dona e senhora desta vida. Morte sem aviso. O que é mesmo que dizer: a vida pára. E pode parar a qualquer momento.
Recebi a notícia da morte do meu pai há três semanas. Era sábado de manhã e eu estava na cozinha a fazer o pequeno-almoço para o meu filho Daniel. A minha mulher dormia ainda no piso de cima, quente sob as cobertas, desfrutando umas horas extras de sono. O Inverno no campo: um mundo de silêncio, fumo da madeira, brancura. A minha cabeça estava cheia de pensamentos sobre as páginas que escrevera na noite anterior e delineava já a tarde, o período do dia em que poderia voltar ao trabalho. E foi então que o telefone tocou. Soube nesse mesmo instante que havia um problema. Ninguém telefona às oito da manhã de um sábado, a menos que seja para dar notícias que não podem esperar. E notícias que não podem esperar são sempre más notícias.
(...)
in Inventar a Solidão, Paul Auster
Uma foto e dois parágrafos bastaram então para me convencer.
Estou a digerir cada pedacinho, entre outras leituras técnicas esporádicas que o ofício às vezes obriga.
A sugestão foi da Clara e como há pouca coisa melhor do que um devido reconhecimento, aqui fica o meu. Obrigado.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
No Metro (3)
Falar da luminosidade única de Lx em tarde solarenga, das águas furtadas do Rossio e das muralhas do Castelo quase douradas é, a meu ver, o mais certo dos lugares comuns por estas paragens. Um rótulo que já deve ter dado umas boas milhares de vezes a volta ao mundo sabe-se lá já desde quando.
Já o ouvi de outros que por cá estiveram em tempos, ouço-o hoje que cá estou e creio que se ouverá sempre por aqui e da boca de quem por aqui passa.
Mais: só não vê quem não quer (até o mais distráido um dia acabará por reparar).
Ora também eu, se me perguntarem o que tem de especial a capital, responderei sem hesitar o mesmo: a LUZ.

(Para minha imensa vergonha- visto que escandalosamente ainda não possúo my very own photo da Baixa lisboeta- esta é uma foto retirada algures da Net)
Do domínio dos estranhos rituais
E isto é já um ritual.
Mas desta vez o preocupante foi que, nem sei bem se do passar dos anos, se do raio do material com que fazem aquilo agora, já não teve bem o mesmo poder de evocação. Ainda procurei um livro desesperadamente (sim, os livros é que concentravam aquele cheirinho "às resmas" assim no espaço entre a segunda e a terceira páginas) mas não encontrei.
Sem mais soluções, vim para casa meio frustrado sem a habitual certeza ao que cheirava o 1º dia de escola.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Vou ali e já venho
Escusam de agradecer.
O sorriso é por conta da casa.
Belle and Sebastian - Funny little frog
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
«Ladies and gentlemen place your bets»
Esqueci-me dos phones em casa (no metro 2)
Sem vergonha. Mudam faixas, põem mais alto, puxam atrás, à frente, etc.
Usar phones é do passado, claro.
Sou a favor da divulgação de experiências culturais sim, mas epá! há limites!
O cúmulo do egoísmo. Se todos nós fizéssemos aquilo...
Incompreensível (no metro 1)
É um vírus. E está-se a disseminar. Tenham cuidado.
domingo, 14 de setembro de 2008
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Como se tornar um folker em 3 tempos
Digamos que estou half way. Falta-me só o último passo.
Estou pois oficialmente a centímetros de conectar tudo e tornar-me então um autêntico folker.
Não estranhem que venha a ganhar aquele estúpido "accent" sulista ou lá-o-que-é-aquilo no meu correntíssimo inglês. "Rightaaa"?
Mas que raio, sou só eu que acho esta cena de outro "mundinho"?!?
Fleet Foxes - Tiger Mountain Peasant Song
(clicar aqui primeiro para ouvir a dimensão do que falo)
First Aid Kit - Tiger Mountain Peasant Song (Fleet Foxes cover)
(para visualizar bem o aspecto físico da coisa também)