sábado, 26 de abril de 2008

I will possess your heart

O novo single dos Death Cab for Cutie. 8 min e tal.
É preciso alguma paciência...mas vale bem a pena.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O Bitaites é do caneco!

Sobre o 25 de Abril. Aqui.

Muito bom é pouco.

Snapshots

Alfama.




quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cinema por casa (ou melhor...em viagem)

My Blueberry Nights, Kar Wai Wong (2007)


Um filme que todo em si é um álbum de fotografias em movimento. Único.

Nem são precisas muitas palavras quando as histórias são as que se confundem com a vida de qualquer um de nós. De amores, desamores, ódios, indiferenças, fugas, amizades e aprendizagens.
Filmadas de uma forma especial, capazes de nos fazer emoldurar e pendurar algures cá dentro a maioria das cenas.

Os míticos bares nocturnos, eternizados nos filmes, em cujos balcões se afogam mágoas de vida. As típicas "lanchonetes" americanas com os seus burguers, fries e ketchup.
As luzes de néon, expoentes máximos dos bambaleantes sentimentos citadinos.
Os jogos de filmagens através dos vidros...esplêndidos.
Aqueles shots de gelado a escorregar vagarosa e graciosamente sobre a tarte que abrem o apetite a qualquer um.
Quanto ao mirtilo, continuo um pouco céptico- quiçá ignorante (a tradução à letra do título original dará pois algo como: "As minhas noites de mirtilo"). Ao que parece, o título em português do Brasil foi "Um beijo roubado" (em Porugal tudo indica que será "O sabor do amor", o que em si levará a maioria das pessoas a crer que se trata de mais uma daquelas comédias românticas de Sábado à tarde). Sem dúvida, uma vez mais, e a provar que há coisas que não podem ser traduzidas, o original leva a melhor. O título "My Blueberry Nights" é tão doce quanto poético, faz cócegas no céu da boca e dá vontade de apreciar uma boa tarte imiscuída de uma daquelas bolas de gelado, who knows acompanhado por alguém tão gracioso quanto o é Norah Jones. Se bem que, back to reality, "nem sempre uma companhia dessas se encontra do lado de lá da rua". Quase nunca, diria. Disso tenho eu certeza. E bem que olhei pela janela (por via das dúvidas...) enquanto escrevia este post.
Uma ou outra metáfora muito bem conseguida. Outras um pouco forçadas, no entanto, originais.
E claro...o beijo final. É pura poesia.


E uma banda sonora daqui...
(...para que se perceba: ao escrever isto, tenho o polegar e o indicador da mão direita a puxar com veemência o lóbulo da orelha direita, enquanto faço com a boca um ruído esquisito...visualizem a coisa...)

Foi assim.
Na impossibilidade de ir amanhã à abertura do Indie Lisboa, a abertura do Indie veio até mim em plena viagem Lisboa-Coimbra de Intercidades (sessão das 21.30, previamente agendada por moi). Tudo isto em "My Blueberry nights", o filme de Kar Wai Wong, que conta, entre outros, com Jude Law, Rachel Weisz, Natalie Portman (God Damn! uma vez mais a espalhar magia em mais um papel), Norah Jones (a interpretação não é por aí além, sendo notória alguma falta de treino, mas vale muito pela delicadeza, suavidade daquela sua imagem e aquela voz doce- balanço final: uma estreia agradável apesar de tudo, mas eu...sou suspeito...) e Cat Power.


A casa recomenda.

Cat Power - The Greatest

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Serviço de Urgências, 8 am- fim de banco

Eis que senão, se apudera de mim aquele estranho sentimento de dever cumprido.
Se há momentos que merecem banda sonora, a saída de banco é um deles.

Ao sair das Urgências, quase que levito ao sabor disto:


Cat Stevens - Morning has broken


Morning has broken, like the first morning
Blackbird has spoken, like the first bird
Praise for the singing, praise for the morning
Praise for the springing fresh from the world

Sweet the rain's new fall, sunlit from heaven
Like the first dewfall, on the first grass
Praise for the sweetness of the wet garden
Sprung in completeness where his feet pass

Mine is the sunlight, mine is the morning
Born of the one light, eden saw play
Praise with elation, praise every morning
God's recreation of the new day

Serviço de Urgências, SO 3.00-5.00 am

...bip-bip...aiiiii...

bip-bip...

ploccc...

barulho imperceptível de alguém a gemer (diferente de um aiiii)...

bip-bip...aiiiiiiiiiiiiiiiiii...

(um passatempo interessante será analisar a cadência dos diferentes aiiiisss)

ploccc...

bip-bip...



E é tudo.

Numa luta "rasgadinha" entre o meu consciente e o tónus dos músculos orbiculares dos meus olhos.

sábado, 19 de abril de 2008

Sábados musicais

Ainda está para vir quem me convença que o melhor dia da semana (pelo menos desta) não é o Sábado. Mesmo.

Hoje os primeiros pestanejares foram ao som disto:

Ryan Adams - So Alive


Diz que para a semana não vai ter o mesmo gosto. Os ossos do ofício assim o ditam.

Cenas que perduram/Até que a vista nos doa (4)

Natalie Portman, Closer (2004), Mike Nichols

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A ver

Teatro D. Maria II, Sala Estúdio

Começar a Acabar




“Em breve estarei morto finalmente apesar de tudo”.

“Nunca amei ninguém acho eu, senão lembrava-me”.



de SAMUEL BECKETT


direcção tradução interpretação JOÃO LAGARTO
desenho de luz JOSÉ CARLOS GOMES
figurino ANA TERESA CASTELO
música JORGE PALMA



co-produção TNDM II ACE Teatro do Bolhão

quinta-feira, 17 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Can you hear Major Tom?


Aos sonhos de astronauta.
À imensidão que volta e meia nos estarrece.
À multidão (às vezes feita solidão) inter-galáctica.
À nossa estúpida tentativa de controlar o que não foi feito para ser controlado.
À entropia. À beleza da energia, que não se gasta nem se perde: conserva-se e transforma-se.
Às descobertas.
À ilusão. Ao esquecimento da desilusão.
Às viagens. Às idas mas também aos regressos. Aos caminhos.
Às paixões lunáticas, aos devaneios e às curas. Ou às faltas delas.
Aos cometas, às personagens de outro mundo mas também aos pequenos astros mundanos.

Ao Major Tom que há em nós.


David Bowie - Space Oddity

Ground control to Major Tom,
Your circuit's dead, there's something wrong
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you...

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet Earth is blue, and there's nothing I can do....




P.S:
Uma das covers de David Fonseca dia 12.
Axiomático: a boa música leva sempre à boa música.
O reconhecimento e a orientação posteriores são da inteira responsabilidade de quem assim entender se acusar
(Cheers Major LFMI!).

terça-feira, 15 de abril de 2008

Cinema por casa

Thumbsucker, Mike Mills (2005)

That's 'cause we all wanna be problemless. To fix ourselves. We look for some magic solution to make us all better, but none of us really know what we're doing. And why is that so bad? That's all we humans can do. Guess. Try. Hope. But, Justin, just pray you don't fool yourself into thinking you've got the answer. Because that's bullshit. The trick is living without an answer. I think.

domingo, 13 de abril de 2008

Feeling like 80´s

Phil Oakley - Together in electric dreams

We'll always be together
However far it seems
We'll always be together
Together in electric dreams






O orgulho de ter nascido nesta década. Quando os pirosos tinham estilo.
Ou apenas as reminiscências do concerto do dia 12. Naquele que para mim, foi o momento alto da noite.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lobo Antunes

As crónicas do Lobo Antunes na Visão.
Quase que por si só valem os 2,80 euros da revista.
É um prazer. Ao café então, sem palavras.

Mais uma. Aqui.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cinema por casa

2 Dias em Paris, Julie Delpy (2007)

sábado, 5 de abril de 2008

Até que a vista (e não só) nos doa (3)




















Pre-scriptum
:
Um post que peca por ser tardio. Admito. Já meio mundo e outra metade ouviu falar de Rita Redshoes.

Sim, eu também. Acontece que só hoje tive a oportunidade de assistir ao feitiço dos sapatos vermelhos ao vivo. E o resultado final é simples: fiquei deliciado.

Seja feita inteira justiça: a voz feminina do momento no nosso panorama musical.
Presença, simpatia, beleza, charme e um sorriso capaz de conquistar "ceguinhos". Pouca coisa em pouco mais de 1,50 metros de altura, feitos gente bem grande em cima de sapatos altos berrantes.
Sou menino para apostar que vai ter sucesso. Assim espero.
Estou convertido à sua "Era Dourada". Numa espécie de feitiço que tem qualquer coisa de "Feist-iano" mas com o orgulho de ser cá do cantinho à mistura.
E dia 12 lá estou no Coliseu.
Expectativas muito altas. Quanto menos seja para voltar a ver aquele sorriso (daí que a menina Rita seja catalogada também na categoria das que fazem doer a vista...mas não só). Por si só, já chega.
Mas também porque ouvir música feita com prazer é outra coisa. Sem dúvida.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tenho saudades de Lua Cheia

We walked around til the moon got full like a plate

And the wind blew an invocation and I fell asleep at the gate

in So Real, Jeff Buckley



Dos mais deliciosos versos feitos melodia até hoje.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

(KO)isas sem (nenhum) sentido (5)

"Mugabe só aceita a derrota se for declarado vencedor."

[(!!!!???)]


in Jornal Global Notícias, 3 de Abril de 2008

Algures lá para o fim da notícia, percebe-se o aparente paradoxo do título.
Lê-se então sobre a situção política no Zimbabué:
"Uma coisa é certa no meio de toda a confusão (mas qual confusão?). Mugabe só aceita sair se não levar o rótulo de derrotado (que injustiça chamar essas coisas ò homem pá!) porque isso é algo que nunca admitirá. Se aparecer uma solução do tipo você ganhou mas deve exilar-se, então ele aceitará (ahhh...claro, assim sim. é justo, sim senhor. é assim que se faz normalmente.)", afirma um diplomata sul-africano que acompanha o processo eleitoral no Zimbabué."

Reza a história que Mugabe é um tipo deplorável nas suecadas de Domingo à tarde de Harare. Ganha sempre, mesmo quando não joga.

Pior que o mau perder é o "ok pá, eu faço-te o jeitinho e deixo-te ganhar. Tens é de admitir que eu sou o maior cá do sítio".